Muita badalação e pouca solução. Mas se depender da Central Única de Favelas de Pernambuco (Cufa- PE), o Dia Internacional das Mulheres pode render resultados para as chefes de família que residem em áreas carentes. É que a data está sendo assinalada com lançamento de cursos online e gratuitos, que possam trazer geração de renda para elas, principalmente em um momento de crise econônica, agravada pela pandemia. No futuro, os serviços e produtos serão ofertados na Web.
“É um projeto de longo prazo que começa com aulas de formação para que, com o avanço da vacinação, as mulheres possam voltar a produzir e garantir o seu sustento com segurança e qualidade. Em uma segunda etapa, lançaremos um aplicativo de prestação de serviço”, resume Altamiza Melo, presidente da CUFA em Pernambuco.
Em um primeiro momento, serão oferecidos cursos de Manicure e Pedicure, Barbearia, Confecção de Perucas e Empreendedorismo. As inscrições estão abertas através do site www.cufape.com.br. As capacitações e oficinas serão realizadas online por meio da Plataforma ZOOM. Mais informações através do site (www.cufape.com.br).
A iniciativa integra o projeto Gente Cuidando da Gente que desde o início da pandemia vem fazendo a diferença na vida dos moradores das favelas do Estado. Além dos cursos de qualificação, a Cufa irá disponibilizar um aplicativo de venda e compra de serviços. “Não queremos apenas qualificar e formar as nossas mulheres. Queremos oferecer oportunidades de negócios, criar um caminho para que elas vendam o serviço que foram preparadas para fazer”, explica Altamiza.
Os cursos foram pensados para atender a demanda crescente na área de beleza, como barbearia e confecção de perucas. “As barbearias são, de fato, um negócio que deu certo em todo Brasil. São poucas mulheres que atuam nesta área e não temos dúvida que nossas mulheres vão atuar com presteza”, diz. Lembra que o Brasil tem uma demanda reprimida de confecção de perucas. “O acessório pode fazer a diferença no tratamento da mulher contra o câncer, contribuindo com a sua autoestima”, lembra. Acrescenta que o acessório é caro e infelizmente nem todas têm acesso. “Acredito que além de oferecermos uma oportunidade de negócio, estaremos ajudando muita gente. Afinal, essa é a ideia do projeto – Gente cuidando de gente”, finaliza.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Cufa / Divulgação