Cientistas descobrem cinco espécies de lagartos amazônicos e homenageiam defensores da Floresta

Se descobrir, identificar e publicar trabalhos científicos sobre uma nova espécies  na fauna ou na flora é difícil e trabalhoso, então imaginem, descobrir logo cinco. Pois essa façanha foi alcançada por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade de São Paulo (USP) e do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), da França.

Cientistas dos três órgãos acabam de publicar artigo na revista Zoological Journal of the Linnean Society dando conta da descoberta de cinco espécies de lagartos amazônicos. Eles foram descritos naquela respeitada publicação internacional. Os répteis – até então sem registro na literatura especializada, são do gênero Iphisa.  O estudo é capitaneado por uma pernambucana, Anna Mello, da UFPE. Mas o artigo tem como co-autores Pedro Nunes (UFPE), Renato Recorder e Miguel Rodrigues (USP), Antoine Fouquet (Université Paul Sabatier).

De descrição recente, os cinco lagartos amazônicos ganharam espaço na literatura especializada internacional

 

No Brasil, até então havia 98 espécies catalogadas de lagartos amazônicos. Para concluir o trabalho, a equipe manteve entendimentos e trocou informações com 22 instituições de ensino e museus espalhados pelo mundo.
“Os répteis ganharam nomes que prestam homenagem a pessoas e etnias que defendem a Amazônia e os povos originários”, explica Anna.

“A nossa ideia era nomear os animais de forma que fosse ajudar os cientistas a localizar cada espécie, mas diante da situação socioambiental do Brasil  nos últimos tempos, a gente preferiu homenagear pessoas que defendem a Amazônia”, acrescenta. Entre os homenageados estão: Ivoneide Suruí, Alessandra Korap Munducuru, Kátia Pellegrino. E ainda Dorothy Stang e Bruno Pereira, assassinados em 2005 e 2022 respectivamente, por defenderem a Floresta e seus povos.

Abaixo, você confere informações  outros sobre répteis.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: UFPE / Divulgação

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