Amarelo e verde voltam às ruas, mas tem gente temendo ser confundido com antidemocratas

Com a Copa do Mundo, o verde e o amarelo voltaram a ser usados pelos brasileiros. Basta ver o comércio popular e até as butiques sofisticadas, caprichando nos looks com as duas cores. A Bandeira do Brasil também aparece nos edifícios, mas há quem tema ser confundido como aliado com o governo do ex-capitão, que se apropriou politica e eleitoralmente dos símbolos da “Pátria amada”. Tem gente até justificando, o fato de ostentar a bandeira.  Essa foto de cima é um exemplo.  Viralizou nas redes. E todo mundo sabe o motivo.

É que, antes das eleições, quem colocavaa bandeira nacional na janela ou na varanda do apartamento era logo identificado como eleitor da besta-fera. E ainda tem gente que teme ser confundido. Mas a maioria já esqueceu disso, e está é de amarelinha mesmo, torcendo pelo país. No Recife, as cores que ainda hoje são confundidas com seguidores de Bozó ou bolsomínios dominaram as ruas, principalmente no Centro, onde a Prefeitura instalou o Polo da Copa  dividido em dois locais: o Paço Alfândega e a Praça do Arsenal. Para tanto, fez chamamento aberto, no qual  a Esporte da Sorte foi vencedora, para patrocinar a transmissão de jogos do maior evento futebolístico do mundo. E a festa  está na rua. É gente de amarelo, azul, verde, torcendo por um gooooooooooooooooool.

Copa do Mundo leva o verde e o amarelo de volta às ruas, sem matriz política, mas o temor de ser confundido sobrevive

O patrocínio engloba os jogos da fase de grupos, oitavas de final, quartas de final, semifinal e final, à medida que o Brasil for se classificando. A empresa apresentou as seguintes cotas: Jogo 1 – R$ 100 mil; Jogo 2 – R$ 100 mil; Jogo 3 – R$ 100 mil; Jogo 4 – R$ 130 mil; Jogo 5 – R$ 150 mil; Jogo 6 – R$ 180 mil; Jogo 7 – R$ 200 mil. Com a participação, a empresa recebe, em contrapartida, a permissão para exposição da marca e ação publicitária.  Além da presença da torcida verde e amarela, os dois pontos contam com  atrações musicais antes e depois de cada jogo.

No Arsenal, serão apresentações “de chão”, com orquestras de frevo antes e depois de cada jogo – que acontecem às 16h, nos dias 24 e 2, e às 13h, no dia 28. No Cais da Alfândega, há palco. O Marco Zero também tem muita gente nesse momento. Na estreia do Brasil, Silvana Salazar fez a festa da torcida, às 15h. Depois do jogo, a partir das 18h, Geraldinho Lins garante o final da programação. Nos intervalos, também se apresentam orquestras de frevo.  Toda a programação é uma articulação da Prefeitura do Recife, por meio do Recentro, Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Redes sociais e Genival Paparazzi

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