Me digam uma coisa: tem sentido esse abandono que vocês estão vendo em área tão frequentada, e que já virou até atração turística e palco de confraternizações de fim de ano? O Jardim do Baobá, primeiro passo do Parque Capibaribe – Caminho das Capivaras, virou um local de grande demanda, uma área de convivência sadia, como os muitos espaços que o Recife deveria ter. Nos finais de semana, são muitas as famílias que acorrem ao local, que até “institucionalizou” a volta da sadia prática do piquenique, com direito às clássicas toalhas de xadrez e cestinha com lanches para a meninada. Se o gramado estivesse verde, essas cenas até lembrariam aquelas, tão lúdicas, que a gente se acostumou a ver no cinema. Mas infelizmente…..
O Jardim está com plantas secas e mudas de árvores quase morrendo. Além disso, vejam só a situação da Rua Madre Loyola. É uma das vias que dá acesso à margem do Rio Capibaribe, no bairro das Graças onde fica o jardim. Pois a artéria, apesar de calçada com essas pedras, está com uma cratera grande, e já recebeu até “sinalização” da população, para que ninguém caia no buraco. Uma situação dessa recomenda muito mal, para os gestores do município. E custaria tão pouco o reparo…
Quem caminha ao longo da rua, também se defronta com outra surpresa desagradável. Oito jardineiras que foram abertas durante o calçamento da rua, para que esta fique arborizada, simplesmente estão vazias. Não receberam uma mudinha sequer. Em países civilizados, teriam recebido plantas adolescentes ou adultas, sem risco de morte. No Recife, no entanto, planta-se mudinhas muito jovens em locais públicos, e 30 por cento delas falecem antes de completar um ano de vida. Informa a Empresa de Limpeza e Manutenção do Recife (Emlurb) que a maior parte dos “funerais” se devem ao vandalismo da população.
(Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife)