TJPE desistiu da “Calçada da Fama”, mas tem “galeria” com estátuas de desembargadores

Gente, ontem passei o dia com problemas aqui no site. Estava caindo direto e a origem da instabilidade ainda está sendo investigada. Para não ficar me estressando, dei uma de doida, e resolvi nem abrir o computador, nem e-mail, nem mais nada. Porém não poderia deixar de lembrar hoje que após virar notícia nacional e gerar um mar de críticas, o Tribunal de Justiça de Pernambuco resolveu desistir da “calçada da fama”, cujas estrelas seriam dos desembargadores que passaram pela presidência do TJPE.

A medida havia sido anunciada em programa de TV, pelo Presidente do TJPE, Ricardo Paes Barreto. Mas  que bom que ele desistiu da empreitada, que poderia macular a imagem do judiciário pernambucano. No entanto, a “calçada da fama” – inspirada naquela que imortaliza astros e estrelas de Hollywood – não é a única iniciativa a celebrar a vaidade pessoal dos representantes do judiciário. É que por trás dos tapumes de obras da sede do TJPE percebe-se que  está se formando uma galeria de esculturas. São estátuas de desembargadores.

Não foi possível saber se entre os homenageados só há os que já morreram ou se há também vivos. Às estátuas que o #OxeRecife teve acesso, são esculturas de desembargadores já falecidos, e com folha de serviços prestados à comunidade. Uma delas refere-se a José Ferraz Ribeiro do Valle (1916-1992), nascido em “Ribeira do Pajeú, Floresta”), que “iniciou a carreira de juiz de direito em 1941” e que chegou a atuar “como advogado de presos pobres de Arcoverde (PE)”, município localizado a  259 quilômetros do Recife.

E que tomou posse em 1963 “como desembargador do TJPE”, sendo que em 1967 “assumiu a presidência do TJPE e depois assumiu o TRE-PE”. Também já há estátuas com as respectivas placas indicativas de Joaquim Nunes Machado (1809-1849), Bernardo José da Gama  (1782-1854).Pelo visto,   o Recife  que já tem o “Circuito da Poesia“- com estátuas de escritores, poetas – em breve vai ter no entorno do TJPE o “Circuito da Justiça”. Será que vai virar atração turística como o primeiro, ou como o baobá e os jardins de Burle Marx na Praça da República, onde fica a sede do Tribunal?

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Genival Paparazzi) / G.F.V Paparazzi / ZAP (81)995218132)/ gfvpaparazzi@gmail.com

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2 comments

  1. O TJPE poderia lançar a calçada da fama dos Processos que tramitam há décadas nas Varas do interior e da Capital, para que pudessem efetivamente ser avaliado a produtividade do Judiciário.

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