Estado terá 2022 sombrio: “Qualquer melhora em cima de zero é boa”

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Não são animadoras as perspectivas da economia em Pernambuco para o ano de 2022.  O que é uma verdadeira tristeza. “Para 2022, a economia deve viver uma estagnação, em razão do crescimento próximo de zero e da alta da inflação”, informa análise divulgada hoje pela Federação de Indústria de Pernambuco (Fiepe). O estado vem enfrentando dificuldades  para geração de renda e emprego, problema que foi agravado pela pandemia. Hoje, Pernambuco é líder em taxa de desocupação.

Outro fator de preocupação em 2021 é a taxa de desocupação em Pernambuco, que configurou como uma das maiores do País. Atualmente, é fator de preocupação em 2021. E pode ser mais ainda em 2022, claro, se a economia não reagir. Segundo a Fiepe, o Estado está com 19,3% da sua população desocupada (população economicamente ativa em busca de emprego). E lidera o ranking dos estados brasileiros com essa mesma problemática, à frente da Bahia (18,7%), do Amapá (17,5%), de Alagoas (17,1%), de Sergipe (17%) e do Rio Grande do Sul (15,9%). Pernambuco está acima também da média do Brasil, que, atualmente, está com 12,6% da sua população economicamente ativa sem emprego.

Para  a Fiepe, o ano de 2021 se encerra de forma previsível para o setor industrial pernambucano. É que, conforme as projeções dos especialistas, este ano seria para reorganizar a “casa” depois das perdas mais graves de 2020, em decorrência principalmente da pandemia. E assim aconteceu. De acordo com os dados do IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor industrial do Estado caiu 3,7% no terceiro trimestre deste ano, se comparado ao igual período do ano passado. Apesar dessa retração, no acumulado deste ano, o segmento segue a tendência de recuperação e chega à marca de 7,9% de elevação de janeiro a outubro.

Para 2022, no entanto, a economia deve viver uma estagnação em razão do crescimento próximo a zero e da alta da inflação.   Segundo análise do economista da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Cézar Andrade, embora o ano passado tenha começado mal, em razão dos primeiros casos de Covid-19 no Brasil, o setor industrial se manteve aberto por se tratar de uma atividade essencial. “Isso gerou uma demanda represada e, com a reabertura dos demais setores econômicos, a atividade produtiva foi muito demandada”, explica.

Diferentemente do fim do ano passado, nesse 2021, a indústria produziu menos por conta do excesso de estoques e também pela dificuldade de adquirir matéria-prima no mercado. Essa tendência se justifica quando a Produção Industrial Mensal (PIM-PF), medida pelo IBGE, é analisada. De janeiro a outubro deste ano, o resultado da PIM-PF foi pífio e atingiu o razoável 0,7%, na comparação com 2020. Por outro lado, os resultados dos PIBs do Estado e do País apresentaram resultados diferentes e positivos no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2020.

O PIB de Pernambuco cresceu 2,4% e o do Brasil atingiu 4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, marcando positivamente também no acumulado de 2021, sendo 5,1% e 5,7% de elevação, respectivamente. “Isso aconteceu por conta da reabertura dos demais setores, o que provocou uma guinada maior em ambos os resultados, já que o crescimento deste ano foi em cima de um desempenho muito ruim registrado em 2020”, acrescenta Andrade. E conforma-se:

“Qualquer melhora em cima de zero é boa”.

Com relação ao quantitativo de oportunidades geradas pela indústria este ano, o setor pernambucano vem repondo o que foi perdido durante o período mais crítico da pandemia. Em razão disso, o saldo de empregos gerados pelo segmento no acumulado de janeiro a outubro de 2021 é de 15.785 empregos. Esse número se trata do resultado final entre os admitidos e os demitidos. “Num país em crise, o emprego é o último ponto a se recuperar e na indústria estamos vendo que, dia após dia, o segmento vem resgatando o seu quadro de pessoal de antes da pandemia, motivado, sobretudo, pelo reaquecimento da construção civil”, afirma. Na verdade, no entanto,  o que ocorre nesse setor é que a construção civil ficou meses parada por não ser considerado essencial e por ser um dos segmentos com mais elasticidade na hora da contratação, já que as grandes obras requerem sempre um quadro de pessoal volumoso.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: José Carlos Lacerda / Divulgação

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