Pátio da Feira de Casa Amarela passa por mudanças porém poluição sonora incomoda

Compartilhe nas redes sociais…

Já era tempo. Quem passa pelo centro comercial do populoso Bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, percebe que as barracas onde tradicionalmente se vende hortaliças, frutos e cereais mudaram de lugar. É que depois de décadas funcionando de forma um tanto improvisada, a Feira de Casa Amarela vai mudar. É que  quase R$ 7 milhões estão sendo investidos em obras de infraestrutura. Ao invés de ao ar livre, as barracas ficarão sob uma nova coberta, com direito a reservatório de água, locais para venda de animais vivos, novos quiosques de flores e outras benfeitoria. Além de toda a parte coberta da feira, haverá uma área para banheiros feminino, masculino e portadores de necessidades especiais, além de uma área para lavagens das mercadorias.

“O projeto, que já está em andamento e cercado por tapumes, prevê uma área de 3,8 mil metros quadrados e incentivará os comerciantes da região a aumentarem a visibilidade dos seus produtos, trazendo mais renda para os pequenos produtores”, informa a Prefeitura. O temor é que a coberta impeça a circulação de ar, como aconteceu no Mercado Público da Madalena, onde a circulação ficou com a temperatura muito mais elevada, após coberta sobre os boxes e os corredores. O total de investimentos é de R$ 6,6 milhões, sendo R$ 2,2 milhões de repasses da União através de convênio firmado entre a Prefeitura do Recife e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).

A obra faz parte de um plano de reformas e requalificação em mercados e feiras públicas que beneficiará cerca de mil comerciantes, além do público consumidor que frequenta os centros de comércio popular. As principais ruas do entorno do Mercado de Casa Amarela tinham calçadas intransitáveis, ocupadas por todo o tipo de vendedor ambulante. E os pedestres tinham que andar pelo asfalto, disputando espaço com ônibus, motos, carros. Felizmente desde que esse tipo de comércio foi disciplinado, que a fiscalização marca presença no bairro, evitando que as calçadas voltem a ser ocupadas. O problema, agora, é a poluição sonora, que exige disciplinamento. Pois toda loja coloca uma caixa de som na calçada, no volume mais alto, o que torna o ambiente insuportável em áreas como a Rua Padre Lemos, a principal via comercial do bairro. A poluição sonora está insuportável. E se o poder público não interferir, a tendência é piorar. É preciso que a disciplina imposta às calçadas imponha limites, também, ao excesso de som.

Leia também
Casa Amarela por que não uma praça?
O exemplo do Morro da Conceição
Jardim do Éden no Alto do Mandu
Confusão em Casa Forte no Largo do Holandês: Cadê a praça?
Lojão e colégio: Confusão na Zona Norte
Urbanizada, Ilha do Sem Deus, agora de Deus, ganha Marco Zero
Praça da Convenção: o duelo da santa com o guerreiro
A verdade sobre o Americano Batista. O colégio foi vendido? Será demolido?
Horta  de Casa Amarela comemora cinco anos de vitória da comunidade
Sementes que brotam na Zona Norte
Alto Sustentável comemora cinco anos
Comunidade recupera calçadas em Casa Amarela. Essas cenas vão sumir?
Isso pode ser chamado de avenida?
Horta urbana sai com Bloco Carnahorta
“Isso não é um assalto, é horta no asfalto”
 
Carnahorta: Põe verde na democracia
Casa Amarela em campanha pela horta
Casa Amarela cada vez mais cidadã
Sementes que brotam na Zona Norte
Horta urbana: três anos com festa
Exemplo para o poder público
Casa Amarela pede socorro
Jardim Secreto completa três anos: esforço coletivo, mudança e resultado
Cidadania a pé: calçada não é perfeita

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: PCR / Divulgação

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.