No Dia Mundial do Meio Ambiente não custa nada fazer uma reflexão sobre a natureza. E sobre os pássaros, que precisam de tanta liberdade. Mas infelizmente esses animais tão importantes para a disseminação de sementes em florestas e áreas urbanas ainda são alvo de muita gente inescrupulosa. Entre os animais silvestres, os pássaros são os mais visados pelo tráfico nacional e internacional de animais. Infelizmente. E isso em pleno século 21, quando a natureza começa a dar sinais de reação à destruição dos oceanos, dos rios, da flora e da fauna.
Esses três lindos pássaros das fotos são popularmente conhecidos como tico-tico(à esquerda), golinho e azulão (o da foto maior é fêmea). Como vocês podem observar estão confinados em gaiolas que funcionam para os pássaros como as prisões para os humanos. Eles foram resgatados por agentes ambientais da Agência Estadual do Meio Ambiente (Cprh), em feiras dos municípios de São Caetano e Agrestina, na região Agreste, onde foram apreendidas 20 aves.
Eles foram enviados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas Tangara), da Cprh, órgão responsável pelo acolhimento, monitoramento, reabilitação e devolução de animais à natureza. A Cprh foi acionada pelo Quinto Batalhão da Polícia Militar, que fica no município de Belo Jardim, para atuação conjunta no combate da venda ilegal de aves silvestres, no município de São Caetano, como o golinho (à direita).
“Então, aproveitamos para fiscalizar a cidade de Agrestina”, conta Iran Vasconcelos, Gerente da Unidade de Fiscalização de Fauna Silvestre da Cprh. Entre os animais à venda em feiras, estavam espécies como: sabiá papa-capim, patativa, azulão, tico-tico, golinho. E quem vendia os pássaros sabia muito bem que estava fazendo: cometendo uma infração. Por mais analfabeto que seja, não é inocente não. Até porque, de acordo com Iran Vasconcelos, não foi possível à equipe da Cprh autuar infratores. “Eles deixaram os animais e fugiram”. Também foram desbaratadas rinhas de galo, local onde há brigas entre esses animais, com apostas movidas a dinheiro. As rinhas provocam grande sofrimento os animais e alguns até morrem durante a luta pela sobrevivência.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Cprh / Divulgação
