Oxe, foi só caminhar para o outro lado, na mesma Rua Joseph Turton, já bem pertinho da Avenida Norte, para achar, no final do percurso, mais uma vítima da motosserra insana. Ou seja, duas em uma mesma via. Não sei mesmo onde esse arboricídio vai parar, aqui no Recife.
Porque existe um toco em cada esquina. Nas últimas postagens, em ruas como a Vicente Meira (Espinheiro) e Evaristo da Veiga (em Casa Amarela), mostrei, com fotos, exemplos dessa prática criminosa contra nossas árvores, aqui na nossa cidade, onde cuidar é sinônimo de guilhotinar, mutilar.
Na Evaristo da Veiga, foram três tocos, em uma mesma calçada, em uma distância curta. Pior, ainda, na Vicente Meira, onde constatei dois tocos na frente de casas vizinhas. Na Joseph Turton, são dois troncos sem folhagens, vítimas de poda radical. Cada um perto de uma esquina, embora a uma distância maior do que a registrada nas duas outras vias. Um perto da Estrada do Arraial. O outro, já próximo à Avenida Norte. Eu, hein… Que horror.
Portanto, gente, todos nós temos que ficar em alerta. As árvores humanizam as cidades, mas não são só peças decorativas, são importantes para equilibrar o clima,, e são indispensáveis ao Recife, onde a selva de concreto a cada dia avança mais. As áreas sombreadas, nós sabemos, podem reduzir em até dois graus a temperatura do asfalto. E até em oito, no interior de um carro. É só tirar a prova. Bote o seu carro, sob a sombra de uma árvore. Depois, sob o sol escaldante. Veja quanto é a diferença. E depois, reclame do arboricídio. Todos nós temos que fazer isso. Não podemos mais calar.
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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife
