Dia desses, passando de carro pela Estrada do Arraial, em Casa Amarela, avistei um toco de longe, em uma calçada. Na manhã seguinte, retornei ao local, também de carro, procurei a vítima da motosserra insana, mas não encontrei. Pensei que tinha me enganado.
Mas não havia engano. O toco existe e está lá. Por acaso me defrontei com ele, durante a caminhada matinal, e documentei mais essa cena triste, tão comum nas ruas da nossa cidade. Eu queria saber onde é que isso vai parar.
Será que essa prática de “manutenção” do nosso patrimônio verde está correta? Eu só descobri que o toco existe mesmo, porque o caminhão da coleta de lixo havia acabado de passar. É que a população deu um destino à cova da planta, da qual só resta o “talo”. É que o local virou depósito de lixo, e por isso não a achei antes, quando fui procurar mais essa vítima do arboricídio.
Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife