Parem de derrubar árvores (286)

O #OxeRecife espera, sinceramente, que a nova gestão desenvolva uma política de arborização mais coerente e de resultados melhores para o Recife do arboricídio, claro, do que aquela que passou. Infelizmente, a nossa cidade permanece com os retratos de degolas em cada rua, em cada praça, em cada jardim, em cada esquina.

A última denúncia de corte radical – guilhotina mesmo – que chegou ao Blog dava conta de uma vítima da motosserra insana, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste da Capital, por onde não costumo caminhar. O que sobrou do arboricídio, segundo a denúncia, estaria em calçada da Rua Paes Cabral, à altura do número 237. Estive lá para conferir, no final de semana.

Duas degolas, em uma mesma calçada,na Rua Paes Cabral, no Cordeiro. Depois, ainda tem quem se queixe do calor.

Resultado, a guilhotina não foi só uma, como me avisaram. Foi dupla. Duas degolas, uma junto da outra. A menos de cinco metros de distância, na mesma calçada. Claro que nada é eterno, assim como os homens e os animais, as árvores têm começo, meio e fim. Só que nas áreas urbanas do Recife, infelizmente, o fim é antecipado, talvez por falta de cuidados fitossanitários. Abandono mesmo. E já que foram degoladas, o destocamento tem que ser feito, para que as plantas sacrificadas ganhem, logo, reposição.

Porém, não é o que a gente vê. Infelizmente é cada dia maior a presença de toquinhos como estes, nas ruas de nossa cidade. E, na maior parte das vezes, são retirados sem que se deixe nada no alegrete. E quem sofre somos nós. A Rua Paes Cabral até que é arborizada, possui umas 30 plantas nas calçadas. Também é quase toda horizontal, e as casas possuem jardins e pequenos quintais. Mas… do jeito que está o aquecimento global, qualquer uma que é retirada, faz falta, não é não. E muita. Principalmente no Recife da emergência climática.

Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

Parem de derrubar árvores (286)

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