Parem de derrubar árvores (257)

Mais duas baixas no patrimônio verde do Recife da emergência climática. Ambas ficam na Rua Dom Manoel de Medeiros, no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte da cidade. Os restos mortais encontram-se quase em frente à reitoria da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

A mais recente (acima), cujo tronco está jogado no chão, está ao lado dos quiosques que – em tempos sem pandemia – vivem fervilhando de estudantes, em busca de lanches ou refeições. Como  a Ufrpe está sem aulas presenciais e os quiosques encontram-se fechados. Assim,  não houve quem informasse se a árvore tombou, ou se foi guilhotinada pela motosserra insana, quando estava ainda de pé.  Pelas aparências, a segunda deve ter tombado, a julgar pelo aspecto do que sobrou do seu caule.

É que o tronco fibroso da árvore apresenta-se com corte irregular, sem a marca simétrica das feridas deixadas pela motosserra insana. Como ficam em áreas públicas, ambas já deveriam ter sido alvo de recomposição pelos órgãos oficiais. A própria Ufrpe poderia ter se encarregado disso, pois conta com especialistas que sabem exatamente as melhores espécies para ocupar alegretes de nossas calçadas.

O problema é que o replantio, no mesmo local, exige o destocamento do que sobrou. O que é feito normalmente pela prefeitura, que tem máquinas pesadas para essa função. Mas cadê? Nos jardins de vários departamentos da Ufrpe há muitos troncos guilhotinados, sem reposição, o que não recomenda bem para uma universidade onde há cursos como Agronomia e Engenharia Florestal.

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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