Parem de derrubar árvores (245)

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A cena é triste. Mas parece que com a pandemia, todo mundo resolveu partir para a degola. De árvores. Nesta semana, estive no BigBompreço, em Casa Forte, e fiquei impressionada com o que vi. Não era um tamborete só não, daquilo que foi uma árvore um dia. O pátio externo do supermercado, que que ocupa praticamente um quarteirão virou mais um exemplo do arboricídio que é constantemente praticado na cidade, seja por órgãos oficiais ou particulares.

A prática, sinceramente, virou mania entre lojas de construção, supermercados, imobiliárias, centros comerciais. No caso do BigBompreço, são pelo menos dez árvores destruídas. Nos jardins, que ficam para o Lado da Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, são poucas, três, segundo observação do #OxeRecife. Mas na parte lateral (que dá para a Rua Nestor Silva) e a posterior (cuja entrada é pela Rua Afonso Albuquerque de Melo), a situação é ainda pior. São pelo menos oito tamboretes. As árvores eram adultas.

Na verdade, a motoserra insana começou bem antes, com uma poda radical, que só deixou os troncos das árvores que existiam ao lado do gradeado de ferro, que fica para o lado da Nestor Silva, quando algumas plantas do jardim já tinham passado por degolas. Depois, foram cortando as demais. E, pelo menos por enquanto, não foi feita reposição em nenhuma delas. Aqui no Recife, esse negócio de degola, de motosserra insana, realmente está virando a casa da Mãe Joana. Tanto nas áreas públicas quanto nas privadas. É uma degola atrás da outra.

Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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