Pandemia: Festa da Padroeira não terá procissão pela primeira vez em 324 anos

Um dos eventos religiosos mais tradicionais de Pernambuco, a Festa de Nossa Senhora do Carmo entra em sua 324ª edição com programação bem diferente dos anos anteriores, devido à pandemia da Covid-19. Flor do Carmelo, Rainha do Recife e de Pernambuco e Padroeira do Recife, a Santa será festejada sem sua tradicional procissão, com redução de celebrações de missas e acesso reduzido à Basílica do Carmo.

As cem celebrações tradicionalmente realizadas durante o período da festa ficaram reduzidas a 55, enquanto a Basílica do Carmo só poderá receber 120 devotos por cerimônia, o que corresponde a 30 por cento da capacidade do templo. E em 2020, o tema não poderia ser atual, nesses tempos de crise sanitária: “Senhora do Carmo, Saúde dos Enfermos”, tendo como lema “Oh! Mãe, cuida deste povo que é teu!”.“A Província Carmelitana Pernambucana entrega aos cuidados da Mãe do Carmelo todas as pessoas impactadas pela COVID 19”, informa a Ordem Terceira Carmo.

Também não haverá procissão com a imagem peregrina de Nossa Senhora do Carmo, que este ano será exposta em um altar montado em frente à porta principal do templo, no dia 16, data comemorativa da Santa. Os bancos e os pisos do templo serão higienizados constantemente, com produtos específicos de limpeza, e as mãos dos fiéis com álcool gel a 70%. O produto será fornecido na entrada da Igreja. E uso de máscaras,obrigatório no estado, será exigido na igreja. A circulação de pessoas vai ser restrita no interior da Basílica. No horário das celebrações, os devotos vão ter um único acesso que será realizado pela porta lateral esquerda, e vão contar com duas saídas: pela porta lateral direita e pela porta que dá acesso ao altar dos milagres, que fica ao lado direito da Basílica. A área será sinalizada com setas de direção e adesivos indicativos nos bancos.

Fora do horário da Missa, apenas a entrada principal será liberada para rápida visitação. A parte cultural da festa – normalmente movida a shows ao ar livre – também muda. As apresentações artísticas serão realizadas através de lives, sempre às 21h. E serão apenas três:Dudu do Acordeon, no dia 13 de julho (sábado), Irah Caldeira, no domingo, 14 de julho e o Padre Damião Silva, em 15 de julho (segunda-feira).

A circulação de pessoas vai ser restrita dentro da Basílica. No horário das celebrações, os devotos vão ter um único acesso que será realizado pela porta lateral esquerda, e vão contar com duas saídas: pela porta lateral direita e pela porta que dá acesso ao altar dos milagres, que fica ao lado direito da Basílica. A área será sinalizada com setas de direção e adesivos indicativos nos bancos. Fora do horário da Missa, apenas a entrada principal será liberada para rápida visitação. Todos os ajustes são para atender as orientações dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), além da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco (SES-PE), Secretaria de Saúde do Recife e da Arquidiocese de Olinda e Recife. A Basílica do Carmo fica na Avenida Dantas Barreto, Bairro de Santo Antônio.

A Secretaria Estadual de Saúde informa que Pernambuco registrou 369 novos casos da Covid-19 nas últimas 24 horas, dos quais 77 por cento são leves e 23 por cento se enquadram na chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Foram registrados 31 óbitos, ocorridos a partir de 1 de maio, mas cuja causa só agora teve os resultados divulgados. Com isso, o número de mortes pela pandemia chega a 4.782 no estado. Em Pernambuco, 40.088 pessoas estão curadas da doença. Destas, 17.000 são do Recife. Amém!

Leia também:
Pandemia:  Procissão de São Pedro sai sem cortejo, só com o andor
Procissão dos Santos Juninos: entre a esperança e a pandemia
Procissão dos Santos Juninos vai descer o Morro só como andor
Sinos novos na Basílica do Carmo
Sessão Recife Nostalgia: a coroação da Rainha do Recife
Silenciosa relíquia dos tempos de Nassau
Exposição conta a história da Rainha do Recife
O que há de inédito nessas fotos?
Procissão tem três tios elétricos
Festa religiosa movimenta o Recife
Com Hans, entre o barroco e o rococó
A menor igreja de Olinda?
Rua da Conceição e relíquias religiosas
Uma pérola na comunidade do Pilar
A Igreja sem história
Minha tarde no Olha! Recife (1)
Basílicas, palacetes, Brasília Teimosa
Pedra, mata e paz religiosa

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Basílica do Carmo / Divulgação / Acervo #OxeRecife

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.