O “replantio” de Paulo Soares

O nome Replantio tem tudo a ver. Porque o novo trabalho de Paulo Soares é um retorno às raízes do  piauiense de São Raimundo Nonato, que fez da Bahia sua morada nos últimos 20 anos. Ele reside desde 2005, em  Juazeiro (BA), a 505 quilômetro de Salvador.  A cidade fica  vizinha a Petrolina (PE), e ambas são as mais conhecidas do Sertão do São Francisco, onde o artista atua desde 2007 na cena cultural.

Entre 2000 e 2005, Paulo Soares integrou o grupo Solo Pedregoso, (dois EPs lançados) e transitou na cena alternativa de Salvador. Em Juazeiro, criou o projeto Paulo Soares e a Terceira Cidade, com o qual participou de eventos e festivais no Vale do São Francisco e em outras cidades do Nordeste. O novo álbum, intitulado Replantio, conta com a melodia do violão como carro-chefe da obra e elementos da rítmica afro-brasileira, no viés do interior nordestino.

Revisitando essas raízes, a obra percorre ritmos como coco, baião, samba e maracatu e tem 8 faixas, são elas O Fôge, Caatinga, Bendito, Gavião, Baixão das Andorinhas, Vento da Saudade, Equilibrista Malabares e Baião Encantado. O álbum conta com musicistas da região, como China (Sax e Flauta), Éverton Machado (Trombone), Júlio César (Trompete), Victoria Duarte (Violino), Pablo Wesley (Tuba).

E ainda Álvin Soares (Baixo), que divide palco com seu pai desde 2017, no projeto Paulo Soares e a Terceira Cidade, é baixista na Trupe Poligodélica e compartilha a produção musical com Paulo e Bel da Bonita. Replantio está disponível nas plataformas digitais através do link: https://tratore.ffm.to/replantio. Este projeto é realizado por meio do Edital Usinas Culturais e teve apoio financeiro da Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte, da Prefeitura de Juazeiro; da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal, por meio da Lei Aldir Blanc.

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Texto: Letícia  Lins / #OxeRecife
Foto: Iasmin Monteiro / Divulgação

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