O Recife ganha a sua primeira “Praça da Infância”, que fica na Encruzilhada. Investimento: R$ 1,8 milhão

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Na verdade, toda praça deveria ser, também, praça para a criançada. Até porque, com a verticalização do Recife, o que está em falta sempre é espaço ao ar livre para se brincar. Porém a cidade acaba de ganhar sua primeira Praça da Infância. Inaugurada nesta semana, ela fica na Praça Dom Miguel Valverde, no bairro da Encruzilhada e exigiu investimento de R$ 1,8 milhão, em brinquedos e infraestrutura.  A iniciativa é da Prefeitura do Recife, que pretende inaugurar mais duas do gênero, ainda este ano. Uma em San Martin e outra no Compaz Miguel Arraes, que fica na Madalena.

Para deixar o ambiente bem lúdico, a Praça ganhou dois círculos identificados como fogo e árvore. Um deles possui banco espiral que permite que as crianças brinquem de equilibrar e um labirinto (trepa-trepa) de troncos que remete a uma fogueira, que permite pendurar e escalar. O outro círculo tem duas casas de madeira e uma passarela que abriga dois escorregos que fazem a conexão entre os brinquedos através de um caminho estruturante. A praça também tem semicírculos complementares com pula-pula, gangorra, balanço e um relevo em madeira. ”As Praças da Infância estão sendo criadas a partir de uma metodologia que será replicada em toda a cidade, com soluções específicas e que estejam em sintonia com o seu entorno”, informa a PCR, segundo a qual o método “garante que toda criança recifense tenha acesso às mesmas qualidades proporcionadas por estes espaços”.

Equipamentos lúdicos e mais seguros sã a marca da Praça da Infância, que fica na Encruzilhada

O projeto foi elaborado a partir do “Guia de princípios para remodelação das praças para infância”, organizado pela Prefeitura do Recife, visando a requalificação paisagística que assegure a motivação de ações voltadas à inclusão, segurança, liberdade, orgulho e visibilidade das crianças. Também foram ouvidas as crianças do entorno e seus cuidadores. “O projeto da primeira Praça da Infância dp Recife tem um conceito feito por especialistas da área, que viram quais os equipamentos adequados, a concepção, a forma de construção, tudo isso com o diálogo permanente com a comunidade. Escolhemos a Encruzilhada para começar, porque tem 20 instituições de ensino em um raio próximo e também instituições que trabalham com crianças com deficiência. Pensando nisso, fizemos essa escolha, mas vamos começar também mais duas já nos próximos dias e vamos levar esse conceito pra cidade inteira”, afirma o Prefeito João Campos (PSB).

Ele lembra que além de todos os equipamentos desenvolvidos em parceria com equipes técnicas e crianças e seus cuidadores, houve preocupação com a logística de segurança (que por sinal falta em outras praças e parques). “São sete câmeras de videomonitoramento, presença permanente da Guarda Municipal e, algo que é muito importante aqui, o apoio da comunidade. Quero agradecer aos moradores do prédio que fica aqui na praça e que colocou à disposição a estrutura do prédio para a Guarda, com banheiros, água e um local para se abrigar da chuva.  O espaço ganhou passeios e pisos, rampas, drenagem, paisagismo, novos brinquedos, mobiliários e nova comunicação visual. Antes das obras iniciarem, a equipe de intervenções sociais da Secretaria Executiva de Inovação Urbana, esteve na Escola Municipal Ednaldo Miranda, localizada ao lado da Praça Dom Miguel Valverde, para escutar as crianças e seus cuidadores.

Praça da Infância teve escuta na comunidade antes da implantação: crianças e cuidadores foram ouvidos.

O prefeito João Campos também explicou a logística de segurança implantada no local. “São sete câmeras de videomonitoramento, presença permanente da Guarda Municipal e, algo que é muito importante aqui, o apoio da comunidade”. O sistema conta com parceria da comunidade. “Quero agradecer aos moradores do prédio que fica aqui na praça e que colocou à disposição a estrutura do prédio para a Guarda, com banheiros, água e um local para se abrigar da chuva. A Prefeitura está fazendo a parte dela, com câmeras e com a guarda, e os condomínios vizinhos também estão interagindo e compartilhando essa responsabilidade de cuidar”. As Praças da Infância estão sendo criadas a partir de uma metodologia que será replicada em toda a cidade, “com soluções específicas e que estejam em sintonia com o seu entorno, segundo a PCR”. O projeto é elaborado a partir do “Guia de princípios para remodelação das praças para infância”, organizado pela Prefeitura do Recife, visando a requalificação paisagística que assegure a motivação de ações voltadas à inclusão, segurança, liberdade, orgulho e visibilidade das crianças.

É óbvio que com a verticalização e o fim dos quintais, parques e praças são cada dia mais necessários em todos os cantos da cidade. O problema é que há muito abandono nas praças, inclusive as históricas. Então, seria bom que a PCR as tratasse com carinho e não com desprezo. Estão aí a Praça Maciel Pinheiro, a Dezessete, a da Independência, a Joaquim Nabuco (Centro);  a Nelson Ferreira (Santo Amaro); a Capiba (Graças);  a José Vilela (Casa Forte), Solange Pinto (Madalena) que não nos deixam mentir.

Abaixo, você confere informações sobre outras praças do Recife.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Hélia Scheppa/Prefeitura do Recife

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