Nem tão “Oásis” assim

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O nome é convidativo: Oásis. Trata-se de um antigo engenho de cana de açúcar, transformado em fazenda para receber visitantes, como tornou-se comum, na esteira do ecoturismo e do turismo rural. Há quartos para hóspedes, mas também atende em regime de day use. A propriedade possui piscinas (separadas para os hóspedes e os visitantes), pedalinho, laguinhos, pesque-pague. E a banda convocada para animar o final de semana também era boa, com repertório variado:  forró, frevo, brega. O som alto, porém compatível com o espaço.

A banda, aliás, foi responsável pela animação do grupo em que eu estava. Éramos mais de 50 pessoas. O problema foi a refeição, o almoço já incluído no pacote. Um horror, o pior de toda a minha vida. De todos os meus passeios. Nem em municípios distantes – como Orocó (no Sertão)  e Orobó (no Agreste) – fui tão mal servida. Em todos os aspectos: qualidade, quantidade, variedade. Um vexame completo e absoluto. Éramos um grupo grande, mais os habituais visitantes que por lá apareceram, residentes em Paudalho – onde fica a Fazenda Oásis – e municípios vizinhos.

Fazenda pode ser opção de diversão, mas faltam muitos ajustes no serviço, inclusive no seu restaurante.

O self-service tinha apenas duas travessas de salada (alface, cebola, tomate, pepino), para esse povo todo. Por esse motivo, a fila dos pretendentes a comensais não andava.E as cubas com os pratos quentes somavam  apenas oito: arroz escorrido (cozido em água e sal), macarrão branco (sem molho), xerém (péssimo), pirão (disseram que estava comestível), frango assado, chambaril ( incomestível, tinha quase só gordura) e dois tipos de feijão.

Ao passar hoje na padaria pra comprar pão, dei uma olhada no Self Service do almoço. Embora não tivesse tanta gente como na Oásis, a mesa estava farta e variada. E ao lembrar do que ocorreu no último domingo, ratifiquei minha razão, motivo pelo qual decidi  fazer o registro da frustração alimentar. Além da qualidade sofrível da comida, pouca variedade e criatividade zero,  os visitantes ainda tiveram que aturar uma fila imensa no “refeitório”, pois teve ocasião da reposição demorar quase meia hora. E nem me perguntem sobre a sobremesa….. Para mim, que pagara o passeio completo, soou como uma fraude. Não levaria lá um amigo, para não passar novo vexame. A não ser que todo o seu  pessoal passe por novos treinamentos.

Do jeito que está, não dá para  recomendar. Para ninguém. Abaixo, você confere outros passeios que valeram a pena. E que deram certo. É só ter cuidado, zelo e respeito à clientela.

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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife

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