Na “terceira onda” do café

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Olhem só quem eu encontrei, ao final da caminhada com o Grupo Menin#s Na Rua, no Bulevar da Rio Branco: o fotógrafo e amigo Eudes Santana, com quem compartilhei frequentes momentos na vida profissional. Sempre nos encontrávamos nas coberturas políticas. Pois Eudes deu uma guinada na vida, e hoje o achei, por acaso, no Recife Antigo do Coração. Ele não fotografa mais tanto como antigamente. E agora dedica-se com a mulher, Lidiane Santos, a atividades ligadas ao café.

Os dois são proprietários da Kaffee, charmosa cafeteria que fica em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Mais precisamente na Avenida Conselheiro Aguiar, 2178, Loja 1. E ambos estavam, neste domingo, no estande do Recife Coffee 2018, onde se esperava distribuir de graça, até o final da tarde, cerca de 2.500 cafezinhos. O objetivo do evento é tornar ainda mais popular aquela que é a bebida mais consumida do mundo, e cujas casas especializadas viraram febre na Região Metropolitana. Calcula-se que haja mais de cem cafeterias no Grande Recife hoje.

“Esse movimento começou a partir de 2013, quando novas cafeterias foram abrindo, sem vínculos com franquias”, conta ela. Nada menos de 35  participam do Recife Coffee 2018. “O evento está no espírito do Kaffee, movimento que surgiu como a terceira onda do café, em países escandinavos como a Suécia, Noruega e Dinamarca, e que estimula a aproximação entre o produtor e o consumidor final, através das cafeterias urbanas”, diz Eudes. Ele distribui café para 40 cafeterias do Recife. “Hoje o consumidor sabe quem é o produtor, o torrador e o barista”, diz. Os produtos vêm de Minas Gerais e Espírito Santo.

Lidiane é  barista de mão cheia. Até ostenta o título de Barista do Ano pela Revista Prazeres da Mesa, em 2017. Pernambucana, professora, ela trocou o magistério tradicional por outra forma de ensinar. Já formou mais de 500 baristas no Recife, em cursos constantes. Com eles – não sou especialista no assunto – soube que  há um método pernambucano de fazer café: o Koar, que obteve a terceira classificação no Campeonato Brasileiro de Filtrados. A filtragem, por intermédio de cerâmica vitrificada, confere uma diferença ao café, depois de coado. “A acidez fica menor, aumenta a sensação do corpo e a doçura do café”, diz. Tomei. Aprovei. E sem açúcar. Delícia.

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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife

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