Meu álcool em gel virou um “diamante”

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Na manhã de quarta-feira entrei em pânico. Minha única garrafa de álcool em gel sumiu. Sei que  – diante da pandemia do coronavírus – a melhor iniciativa é ficar em casa, manter a higienização, evitar aglomeração, se proteger. Mas, às vezes, a pessoa precisa sair para fazer feira,ir à farmácia, à padaria. E é nessas horas que você mais precisa do álcool gel, pois nem sempre tem onde lavar as mãos com água e sabão amarelo  no meio da rua. O amarelo, bem fosco, da marca Bem-te-vi é o meu predileto para desinfectar as mãos. Sempre foi. Mas só achei daqueles meio transparentes e de outras indústrias. Na dúvida, é melhor do que nada.

Quanto ao álcool em gel serve, também, para higienizar celular, notebook, maçanetas, interruptores, torneiras e por aí vai. Pois não é que quase endoido quando o meu desapareceu… Não estava no carro, nem na pedra da pia do banheiro, nem na prateleira de materiais de limpeza. Comecei a pensar que tinha deixado a garrafinha em local inadequado. Se alguém levou?

Saí como uma louca atrás de álcool gel, de farmácia em farmácia. Não achava em nenhuma, nem em mercadinhos, nem em supermercados Nem em atacadões. Só líquido, mas nenhum com a concentração recomendada de 70 por cento. E aí, veio a ansiedade. Nas portas de vidro de uma das farmácias da Drogasil, o aviso. “Não temos álcool em gel”. Mesmo assim, insisti. Mas vi que a empresa tinha reservado um mimo para os clientes: álcool em gel, na parede, para higienização das mãos.  Aí, claro, aproveitei a oferta e saí da loja mais tranquila. Perto da Drogazil, uma outra farmácia- a Harmonia – me garantira que na tarde da quinta-feira, eu haveria de comprar álcool gel, pois a fornecedor prometera a mercadoria para a noite do meu desespero. Dia seguinte, chego lá no final da manhã, na Estrada do Arraial, Casa Amarela.

A farmácia, que não pertence a nenhuma grande rede, me deu um alívio, Deus do Céu… Comprei quatro garrafinhas (quantidade máxima permitida ali para venda ao consumidor). Cada uma  de  90 ml, por R$ 8 a unidade. Fiquei feliz da vida, porque procurar álcool em tempos de pandemia é um calvário tão grande quanto buscar uma agulha no palheiro! Sem saber, sequer, se o preço praticado é este mesmo. O que  sei é que o álcool gel virou algo tão preciso para nós, quanto um diamante. Ganhou destaque maior do que qualquer peça de valor em nossas residências. Ao chegar em casa, descobri que o meu não sumira. Estava ao lado da porta, já que eu tinha usado para higienizar as mãos e a maçaneta da minha entrada. Comprada antes da eclosão da pandemia, a embalagem tem 500 ml. Mas a insegurança é grande. Será que  as cinco “esticam” até o fim da pandemia?

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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