Parece um papagaio, um louro. Mas sua calda é mais comprida e ela chega a ser dez centímetros maior do que o outro psitacídeo. Há quem a confunda com uma arara. Na verdade, é uma maracanã-do-buriti (Orthopsittaca manilatus), que foi encontrada no bairro de Peixinhos, em Olinda.
A ave pertence ao Bioma Cerrado e à Amazônia. E, claro, será repatriada. Por enquanto, está em reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas Tangara), da Agência Estadual do Meio Ambiente (Cprh). Ao resgatar a ave, o cinegrafista Ricardo Maximiano da Silva pensou em liberar o pássaro no Jardim Brasil, onde reside.
Por achar que o pássaro pudesse estar sendo criado ilegalmente e tenha fugido, podendo ser pego novamente, Ricardo decidiu que o melhor seria levar o animal ao órgão ambiental. Só no momento da entrega, nesta semana, o cinegrafista soube tratar-se de uma ave que não ocorre em Pernambuco. Presente na região amazônica brasileira, no Piauí e em áreas do Bioma Cerrado, entre outras, a maracanã-do-buriti gosta de habitar a copa de buritizais daí o seu nome. Não é tão utilizado como ave de estimação quanto o papagaio. E talvez seja este o motivo pelo qual não está em extinção.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação/ Cprh