Mais uma calçada cidadã

A temporada de chuva tem atrapalhado minhas caminhadas matinais. Mas basta aparecer um raio de sol, para que coloque os pés na rua. Andar é preciso, agora com mais cuidado, para não torcer o pé de novo (lesionando algum ligamento) nem quebrar a fíbula, para citar as duas últimas vezes em que me acidentei em calçadas assassinas do Recife. É buraco, é galeria pluvial sem tampa, é ferragem exposta, é todo tipo de armadilha. Por esse motivo, não me canso de mostrar, também, os exemplos de calçadas cidadãs.

Gostei muito dessa calçada da foto aí em cima. Fica na Rua Guimarães Peixoto, 75,  Tamarineira, Zona Norte do Recife.  Pertence ao Empresarial One Way. Observe: o prédio, foi um pouco recuado, para a construção de jardins externos,  sem prejuízo  do espaço para o pedestre transitar. O piso está perfeito, e não há risco de queda. Para completar, as árvores parecem adequadas. As palmeirinhas, que dão pouca sombra, estão no gramado. As demais, próximas ao meio fio, não são de grande porte (com raízes que não danificam o piso), mas  são suficientes para dar sombra e maior conforto térmico para quem por ali passa andando, como eu.

Também encontrei uma outra calçada, essa na Rua Conselheiro Nabuco, em Casa Amarela, também na Zona Norte. Ela pertence ao Edifício Bellagio (número 141), e está em boas condições, apesar de construída em pedras portuguesas (que vivem soltando em outros trechos da cidade, incluindo em Boa Viagem).  A calçada (à esquerda) não tem tanta vegetação.  Mas, pelo menos, é segura.

É que não há pedras soltas, como costuma acontecer nas calçadas das chamadas pedras portuguesas.  Possui palmeiras que não dão tanta sombra, mas pelo menos, a mangueira secular que fica quase na esquina com a Rua João Barbalho foi preservada, ganhou canteiro e já alivia um pouco o calor por quem por ali passa.

Já no passeio público na Rua da Imperatriz, Boa Vista, vejam só o desastre dessa(à esquerda) . A pessoa tem que ter muito cuidado para não torcer o pé. Tem buraco (coberto de lixo) e pedras soltas, desnível, risco. Essa cena, infelizmente, é muito comum no centro bastante degradado do Recife: Rua Nova, Imperatriz, Sete de Setembro, Riachuelo. Um horror!

 

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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife

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