Iguanas aparecem em áreas urbanas

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Com ocorrência na América Central, América do Sul, no Caribe e em algumas regiões da África – como Madagascar – as iguanas viraram animais de estimação no Brasil e em outros países. Dia desses eu estava assistindo Isso não é um filme, do cineasta iraniano Jafar Panahi e, por várias vezes, uma iguana passeava pela sua sala, pelos seus livros.  Aqui não são poucas as residências que criam o bicho, como um pet. Mas iguana é animal silvestre e, portanto, é crime criar o lagarto em cativeiro.

No Recife, vez por outra, aparece uma no meio da rua. Em algumas áreas da Região Metropolitana, como o município de Paulista, a gente sabe que elas estão sendo expulsas de matas devastadas. Mas em outras, já totalmente ocupadas por residências, como é o caso do Ibura, dá para se pensar que o réptil fugiu de alguma residência. Foi nesse bairro, na Zona Sul do Recife, que foi resgatada uma iguana nesta semana. Ela apareceu no jardim da casa de Iracema Santana, residente na Rua Cachoeira, local próximo a estabelecimentos comerciais e de muito movimento. Temendo que a iguana sofresse maus tratos, Iracema e sua filha Sandra procuraram a Agência Estadual de Meio Ambiente, onde fizeram entrega voluntária da iguana, que brevemente será reintroduzida à natureza.

Por enquanto, o animal está no Centro de Triagem de Animais Silvestres – Cetas Tangara. Uma iguana pode ter até 180 centímetros de comprimento e chegar a pesar seis quilos. Pode atacar, se se achar em situação de risco, dando uma chicotada com a cauda, ou mesmo mordendo o predador. Parece estranho, mas em ambiente doméstico, ela pode avançar. Sei de um caso em que a iguana se afeiçoou ao caçula de uma família de três irmãos. no bairro da Madalena. Uma vez, em uma briga entre as crianças, ela avançou no mais velho, deu uma mordida, e o menino precisou ser socorrido em hospital.”Parecia um cachorro ciumento”, disse-me a dona da iguana, que pediu para não se identificar. Ela a soltou em uma mata, temendo nova agressão. Recentemente, um leitor do #OxeRecife, Felipe Alexandre, encontrou uma na sua casa, em Paulista.  O animal foi colocado em uma caixa e liberado perto da Mata do Frio. Saiu em disparada tão grande, que não foi nem possível fazer uma foto.

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Texto: Letícia Lins/ #OxeRecife
Foto: Cprh/ Divulgação

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