GGE diz que fez a coisa certa

Depois da realização de protesto cobrando medidas compensatórias para a Zona Norte – devido ao impacto que a região sofrerá por conta da construção do colégio que vem sendo construído na Rua Desembargador Góis Cavalcanti (Parnamirim) – a direção do GGE  distribuiu nota informando que o empreendimento “seguiu todos os trâmites e órgãos para o devido licenciamento legal, respeitando todas as leis e normas vigentes na esfera municipal e estadual”.

No último sábado, o Grupo Amigos do Parnamirim realizou um protesto na Praça Lula Cabral de Melo, quando foi denunciado que o empreendimento fere a Lei dos Doze Bairros, que impõe restrições a edificações naquela área da Zona Norte. Na nota, o GGE informa que “a sociedade civil e poderes públicos representados nos conselhos e comissões superiores foram ouvidos e tiveram oportunidade de se manifestar pelas entidades presentes, culminando na aprovação final de forma unânime”. Mas os Amigos do Parnamirim afirmam que não foram devidamente ouvidos, e que só souberam que a edificação era um colégio, depois que suas estruturas já estavam erguidas.

Por esse motivo, cobram medidas mitigadoras que beneficiem toda a Zona Norte. Eles afirmam que o que foi oferecido até o momento é insuficiente para compensar os problemas que o empreendimento trará a bairros como Casa Amarela, Poço da Panela, Casa Forte, Parnamirim. É que o GGE ficará em uma das vias mais congestionadas da área,  totalmente estrangulada, antes mesmo do colégio funcionar.  O início das operações do GGE está previsto para 2021. O colégio deve atender a 900 alunos. Informa o GGE que o acesso será feito por via secundária (Rua Abraham Lincoln), a qual segundo os Amigos do Parnamirim não comporta o tráfego esperado, quando o GGE estiver funcionando.

O GGE informou que estimulará o uso de bicicletas e trajetos feitos a pé pelos alunos, e anunciou que o bicicletário terá 52 vagas (e não as doze inicialmente previstas). Informou, ainda, que terá 2.041,72 metros quadrados de área verde e mais 226,7 metros quadrados de área permeável. E que o terreno contará com 27 árvores. Entre as ações mitigadoras, o GGE cita sentido único das vias de acesso  – a Desembargador Góis (que já tem sentido único) e a Abraham Lincoln (que ainda tem duas mãos). O GGE promete, ainda, semáforos inteligentes, faixas de pedestres, travessia elevada, complementação de ciclofaixas, e alargamento da calçada da via que será o principal acesso ao GGE. “Evidentemente são estudos dinâmicos que podem sofrer complementações”. E os Amigos do Parnamirim estão dispostos a exigi-las sim, pois asseguram que a construção do colégio não seguiu os trâmites normais.

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Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife

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