Feliz 2019 com consciência ambiental

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A limpeza das montanhas de lixo (deixadas pela festa da virada do ano) até que foi rápida no asfalto da Avenida Boa Viagem, onde dois palcos foram montados: um em frente ao Edifício Acaiaca e outro na praia do Pina. Isso não impediu, no entanto, que outros trechos da orla fossem invadidos por toda sorte de detritos: restos de comida, pratos e copos descartáveis, plásticos, garrafas Pet ou de vidro.

Como faço tradicionalmente, não deixo de tomar banho de mar no dia 31 (para que as ondas levem as mazelas do ano que termina) , nem no dia 1 de janeiro (para receber os bons fluídos e a energia do oceano). É uma tradição tão supersticiosa para mim quanto o são, para certas pessoas, vestir roupa nova e branca, colocar sementes de uvas na carteira, usar calcinha amarela, ou ter romãs na ceia do réveillon. Então, fui bem cedinho, cumprir meu ritual. Mas fiquei triste demais, quando vi tanto lixo ainda a recolher na areia.

As garrafas eram tantas na areia que tinha crianças brincando com elas, para fazer laguinho na beira-mar, em Boa Viagem.

E era coisa demais. Ou seja, uma festa bonita, com fogos, com música, animação, organização, tanquilidade. Mas com comportamento de nossa gente totalmente predatório (no Rio de Janeiro, foi o mesmo “exemplo”).  Pior do que o visual da sujeira na areia, são suas consequências: os plásticos e outros materiais que o mar leva da praia, terminam se transformando em iscas com atestado de morte precoce para muitos animais, quelônios inclusive (como as tartarugas marinhas), peixes, mamíferos aquáticos (como golfinhos)

Na areia, limpeza houve. Encontrei garis trabalhando pesado para recolher a sujeira. Informa a Emlurb que nada menos de 509 profissionais foram acionados para a limpeza da orla, dos quais 433 participaram de mutirão para retirar a sujeira da virada, incluindo areia, calçadão e asfalto. Mas nas proximidades da Rua Ribeiro de Brito, por volta de dez da manhã, ainda havia muito o que recolher. Perto do Pina e do Acaiaca, às 8h da manhã, a areia já estava mais ou menos limpa. Mas às 10h, no calçadão próximo ao Edifício Castelo do Mar o cheiro de urina  era insuportável (parecia Olinda depois do carnaval).  Também ainda tinha lixo de sobra na areia. Tristeza mesmo.  O #OxeRecife apela mais uma vez. Na próxima virada,  pede que cada família leve o seu saquinho para recolher o lixo que produziu. Hoje, seis caminhões e um pipa trabalharam na coleta e limpeza.  Feliz 2019, com maior consciência ambiental.

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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