Escritos do Dom da Paz serão entregues a bispos, sacerdotes e leigos da Igreja Católica

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Responsável por digitalizar toda a documentação enviada ao Vaticano para reforçar o processo de canonização do ex-Arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Helder Câmara (1909-1999), a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) acaba de contribuir para reforçar a memória do chamado Dom da Paz. É que doou 43 conjuntos dos quatro primeiros volumes das Obras Completas do Dom à Arquidiocese de Olinda e Recife. A doação foi de 559 livros, considerando que os quatro volumes somam 13 tomos.

As obras foram publicadas através de parceria da Cepe com o Instituto Dom Helder Camara (IDHeC), responsável pela guarda dos escritos do religioso. Entre os escritos do sacerdote estão mais de duas mil cartas circulares, cerca de 650 discursos, sermões e 7.500 poemas-meditação sobre as lições do cotidiano, o que não é pouco. “A doação é importante para difundir ainda mais a obra de Dom Helder”, afirmou monsenhor Albérico Bezerra, secretário geral do 18º Congresso Eucarístico Nacional, que aconteceu no Recife, no final do ano passado.

O acervo de escritos do Dom da Paz -cerca de 210 mil páginas – foi tombado pelo então Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), em 2022. Segundo o Monsenhor, as coleções serão entregues a bispos, sacerdotes e leigos conhecedores do trabalho de dom Helder, que atuem nas dioceses do Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Basta que desejam ter os livros , caso ainda não  tenham conseguido comprá-los. Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte integram o Regional.

Abaixo, você confere outras informações sobre Dom Helder Câmara, o Dom da Paz, um incansável defensor dos direitos humanos , que combateu as torturas praticadas durante a ditadura implantada no Brasil em 1964, motivo pelo qual a simples menção ao seu nome era censurada nos meios de comunicação durante o regime de exceção.  O Dom foi perseguido, sofreu atentados e um dos seus auxiliares mais próximos, o Padre Henrique Pereira Neto, foi sequestrado, torturado e assassinado em 1969. Os acusados pertenciam ao chamado CCC – Comando de Caça aos Comunistas. Pereira Neto não tinha filiação partidária.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Josevânia Alves / Ascom/ AOR

 

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