Em tempos de crise, Semana Santa 2023 tem Páscoa com chocolate em ovão à prestação

Pelo que se vê, essa é a Páscoa do Ovão à prestação. Em minha caminhada matinal, hoje, pelos bairros de Casa Amarela, Casa Forte, Torre e Madalena, passei por várias lojas e supermercados. E, sinceramente, não vi um só ovo de Páscoa barato. Primeiro, só os encontrei muito grandes, fato que termina deixando-os indigestos, quando o chocolate é demais para um presente individual. Segundo,  nas grandes cadeias de supermercados e nas lojas especializadas em chocolates, quase não se compra um ovo de Páscoa por menos de R$ 50. E em alguns estabelecimentos, o reconhecimento deve ser que o ovo de Páscoa ficou tão caro, mas tão caro, que a iguaria está sendo vendida em dez prestações.

Acreditam? Imaginem vocês, o consumidor ter que passar dez meses pagando a prestação de um ovo de chocolate. Quem quiser comprar o Ovão – porque ovinho praticamente não tem nas prateleiras – é bom ficar atento. O Procon Recife fez uma inspeção nos supermercados, para orientar o consumidor. E descobriu que a variação do preço desse produto chega a 140,17 por cento. Portanto, é preciso pesquisar. De minha parte, sempre dou prioridade a produtos locais, principalmente os artesanais, que não deixam a dever a ovos industrializados. Encontrei bem em conta em lojas de bairro, com apresentações e embalagens carinhosas e bem mais bonitas do que as encontradas nos supermercados.

Segundo o Procon, é possível encontrar ovo de chocolate da mesma marca, igual quantidade, mas com diferentes preços. Por exemplo, uma unidade com 183g, de uma determinada marca, está sendo vendida  no bairro do Espinheiro por R$42,99, enquanto custa R$17,90, no bairro da Encruzilhada. Ou seja, uma variação de 140,17%.E coisa rara; ovo de Páscoa baratinho. Só na Encruzilhada mesmo, onde sempre os alimentos são mais em conta. A pesquisa do Procon foi feita em onze estabelecimentos, entre os dias 28 e 29 de março, em nove bairros da cidade: de Santo Amaro, Graças, Espinheiro, Encruzilhada, Torre, Bongi, Jardim São Paulo, Barro e Areias.

Segundo o Procon, há outro produto cuja diferença de preço ainda é maior do que o ovo de chocolate: o bacalhau, muito consumido na Semana Santa. Pois esse produto apresenta variação de até 392 por cento. Como bacalhau não é barato, dá para se perceber o prejuízo que o consumidor pode ter se não escolher o local certo para comprar o seu. Na lista consta peixe tipo Bacalhau(1Kg)  com preços entre R$18,29  e R$89,99. A lista completa, com 81 itens, pode conferida no site do Procon Recife procon.recife.pe.gov.br. Como acionar o Procon Recife – O consumidor pode  entrar em contato com o Procon Recife pelo Whatsapp (81) 3355 3286 ou pelo site  procon.recife.pe.gov.br. Outra alternativa é realizar denúncias no email denunciaproconrecife@recife.pe.gov.br. Atualmente, o Procon Recife atende presencialmente em sua sede, na Rua Carlos Porto Carreiro, 156, na Boa Vista, e ainda nos Compaz Dom Helder Câmara (Coque), Ariano Suassuna (Cordeiro) e Eduardo Campos (Alto Santa Terezinha).

Leia também
Procon faz mutirão para negociação de débitos
Atenção na hora das compras nos supermercados: Preços variam mais de 150 por cento
Agora é oficial: BigBompreço de Casa Forte fecha as portas em19 de março
Pernambucanos estão mais envidados do que os brasileiros
Assalto famélico no Pão de Açúcar leva Procon a notificar empresa por falta de segurança
Grandes indústrias burlam consumidor no peso dos alimentos, cobrando mais por menos
Direito do consumidor ganha reforço com acordo entre Procon e TJPE
Dia dos pais: Copa do mundo, festivais e diferenças de 400 por cento nos preços do comércio
Compaz ganha unidade do Procon
Páscoa: Disparate de preços é grande
Ovo de Páscoa não deu para quem quis
Covid-19, supermercado e preços loucos
Os doidos preços do coco verde
Big Bompreço: big festa e big inferno
Cuidado: Os preços endoidaram
Procon: Testes de Covid-19 com menor variação de preços
Os loucos preços da Páscoa
Big Bompreço: Big festa e big inferno
Oportunidade para negociar débitos
Pomadas modeladoras de cabelo: Quando a vaidade vira um problema série de consumo e saúde

Texto e foto: Letícia Lins / #OxeRecife

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.