Depois daquele tombo (1)

Compartilhe nas redes sociais…

Não costumo confiar muito em serviços médicos de emergência. Mesmo de hospitais particulares. A minha experiência e a de familiares mostram que, após atendimento de urgência, é sempre bom consultar o médico da família. Ou um ortopedista de confiança, no caso de acidente. Foi o que fiz na terça-feira, ao ver que a botinha preta colocada em uma conhecida clínica ortopédica não estava resolvendo o meu problema, pois tive uma pequena fratura na fíbula. O resultado da segunda consulta, mais detalhada, foi uma bota mais radical, e uma semana sem colocar o pé no chão. E duas outras com ele imobilizado, mas podendo andar, embora de forma limitada. Após retirar o gesso, devo precisar de fisioterapia.

O motivo de tantos transtornos, vocês já sabem: tombo em uma calçada mal feita, desnivelada, dessas que somam aos milhares no Recife. E o objetivo do blog é justamente alertar a população para os buracos,  e  para qualquer ” valeta assassina” no meio do caminho. Em um país civilizado, um tombo em área pública é motivo de indenização. E alta, por parte do poder público. Porque se cabe aos particulares a manutenção de suas calçadas, cabe à Prefeitura fiscalizá-las. E a esta, cabe, também, cuidar das que ficam em áreas públicas como parques, jardins, margens de rios, lagos, e dos prédios oficiais. Mas aqui no Recife, tudo isso é letra morta. E a situação de calçadas é tão dramática, que o assunto foi um dos mais obrigatórios entre os candidatos às eleições do ano passado, no Recife. Infelizmente, elas permanecem caóticas, para desespero da população.

LEIA TAMBÉM:

Depois daquele tombo

Calçada pode virar armadilha

Enfim, calçadas boas para se andar

Foi só postar meu drama particular, para se ter ideia do problema que eu já conhecia, porque ando muito pela cidade. Grande número de e-mails e postagens indicam como o recifense vem sofrendo com a esculhambação de nossas calçadas. “Você ainda teve sorte, querida amiga Letícia. Eu rompi o tendão de Aquiles, pisando em uma valeta assassina na Avenida Rio Branco, e vou ter que me operar”, tenta me consolar o amigo Lula Cardoso Ayres Filho.  Já Alejandra D´Arce, engrossa o coro: “Uma de minhas quedas homéricas foi na Rua Gervásio Pires. Me arranhei toda, fiquei com o corpo cheio de hematomas. Um absurdo”. Na verdade, ela já sofreu três quedas. “As outras foram na Rua das Graças e na própria Avenida Conde da Boa Vista”. E confessa que tem medo de caminhar pelo Recife. “Tenho uma amiga que levou queda e quebrou dentes, no ano passado”. Como Lula, Alejandra e eu, os recifenses que já sofreram algum tombo ou se machucaram em nossas calçadas, devem somar milhares. No meu caso, essa é a terceira vez. Queria saber onde vai para o dinheiro do nosso Iptu. Sinceramente, #OxeRecife….

Texto e foto: Letícia Lins /#OxeRecife

Acesse sempre oxerecife.com.br, o Blog a serviço do Recife e de sua gente

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.