Foi assim. Na Rua Apipucos, em frente ao Quartel do Décimo Primeiro Batalhão da PM havia essa tampa metálica de esgoto, que aguentava muito rojão, do trânsito inclusive. Mas após uma obra da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), a tampa ficou solta. A cada carro que passava, ocorria um barulho infernal do atrito do ferro com o asfalto.
O ruído estridente ocorria noite e dia, e tirava o sono de muita gente.De tanto bater, a tampa partiu-se ao meio. E metade dela afundou. No último domingo, houve vários acidentes devido ao buraco aberto no asfalto. Teve até uma colisão. Para evitar novas ocorrências, populares colocaram um cone em uma vara, a fim de chamar atenção dos motoristas. Mesmo assim, o perigo permanece.

Infelizmente é o que sempre ocorre na cidade. Vem a Compesa, faz um buraco e não tapa, a população se prejudica e nada acontece. A Celpe obstrui as calçadas com gelos baianos para proteger seus postes, e o pedestre que se dane.
Para completar, as operadoras de telefonia fazem verdadeiros emaranhados nas fiações aéreas, deixando fios espalhados pelas calçadas que podem provocar tropeços, como já presenciei acontecer. E quem fiscaliza e bota ordem nisso tudo? Está aí uma boa pergunta sem resposta. E todas essas constatações não são difíceis de se observar. Tanto acontecem em bairros populares, quanto nos mais sofisticados. Esse gelo baiano da foto fica na Rua José Bonifácio, na Torre.
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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife