Complicou a situação do Padre Airton Freire, 67, criador da Fundação Terra e até maio um dos pregadores mais solicitados pela comunidade católica em Pernambuco, pois atraía multidões para palestras realizadas em qualquer município do Estado. O padre – que está impedido de exercer suas funções sacerdotais – virou réu no processo em que é acusado de prática de abusos sexuais contra suas seguidoras. É que o Tribunal de Justiça de Pernambuco aceitou denúncia feita pelo Ministério Público contra o Padre Airton e três outras pessoas que teriam participado dos abusos.
Como o processo corre em segredo de justiça, não há detalhes sobre o teor das denúncias feitas pelo MPPE, que levaram o TJPE a aceitar as acusações. Com a aceitação da denúncia pelo TJPE, os quatro acusados viram alvos de processo, através do qual podem ser condenados ou absolvidos. Padre Airton foi acusado de cometer estupro em maio passado, quando uma das voluntárias da Fundação Terra, a também personal stylist Sílvia Tavares o acusou de ter comandado uma sessão de estupro na casinha de taipa onde ele costuma de isolar, no município de Arcoverde, a 259 quilômetros do Recife e onde fica a sede da Fundação Terra.
Ela acusou o padre de ter mandado o seu motorista, Jailson Leonardo da Silva (34) de tê-la violentado, em sessão comandada pelo padre, que teria se masturbado vendo a cena por ele comandada . Depois da denúncia de Sílvia, apareceram outras mulheres fazendo as mesmas queixas, o que levou a Secretaria de Defesa Social a montar uma força tarefa para investigar as denúncias. Além do motorista, há um outro réu, Landelino Rodrigues da Costa Filho (34), que era o responsável pela gravação de vídeos da Fundação Terra para a imprensa e redes sociais. O padre está hospitalizado sob custódia, no Recife. Landelino está preso, em Garanhuns, a 230 quilômetros do Recife. Jailson e um quarto réu, cujo nome não foi revelado, estão foragidos.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Fundação Terra
