Nem só de filmes badalados como “Bacurau”, “A viagem de Pedro” e “Medida Provisória” vive o cinema brasileiro. Em escalas menores, elenco, câmera, ação e exibições marcam cidades do interior de Pernambuco, como Petrolina (no Sertão) e Caruaru (no Agreste), onde há vários grupos trabalhando para tornar mais acessível não só o ver, como também o fazer cinema. Mas é em Caruaru – a 130 quilômetros do Recife – que se estabelece um recorde. É que o curta-metragem A Botija,O Beato e a Besta-Fera acaba de ganhar mais um prêmio. Os prêmios do filme, aliás, já somam mais de duas dezenas.
É que o filme do diretor Túlio Beat arrebatou o Prêmio de Melhor Filme na categoria Amador/Estudantil no 14º Cinefantasy IFFF – Festival Internacional de Cinema Fantástico, que teve início no dia 13 de setembro no Cine Satyros Bijou (centro de São Paulo). O curta-metragem é baseado nas tradicionais histórias de botijas, que tanto mexem com o imaginário popular no Nordeste.

E foi gravado na zona rural de Caruaru-PE. “Estamos em festa!”, comemora Túlio, que integra o Coletivo Bacurau Cultural, que tem sede naquela cidade, mais conhecida pela produção de cerâmica, da feira e mais recentemente pela pujança de sua indústria de confecções. “É uma grande conquista para o filme e para o cinema caruaruense, pois o CineFantasy é um festival enorme, sempre fui fã do festival”, diz o diretor.
Para o cineasta, a premiação deveria servir como estímulo “para que o município invista em nossos realizadores e produções”. E comemora: “ O filme vai em sua 46º seleção para festivais, recebendo mais de 25 prêmios/menções/indicações nacionais e internacionais. Ele é dirigido e roteirizado por Túlio Beat. E conta ainda com o ator Luciano Torres, Eryka Vasconcelos, Denzyus Oliveira, Ericks Moraes, Zi Rodrigues e Bob Gomes no elenco. Na maquiagem e figurino: Paulo Conceição, na direção de fotografia: Paulo César e como assistente de produção: Victória Melo.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Cia Bacurau Cultural / Divulgação