Carnaval diversificado: maracatus rurais, caboclinhos, afoxés e… Pablo Vittar

O carnaval de Pernambuco é caleidoscópico. E creio, o mais diversificado do Brasil. Que outra festa no País dá tantas opções aos foliôes? Blocos líricos, blocos de frevo de rua, dois tipos de  maracatu  – de baque solto (rural) e de baque virado (Nação) – ursos, bois, caboclinhos, tribos de índios, afoxés, bonecos gigantes, manguebeat, samba, ciranda, brega. Tudo junto e misturado. Para os que preferem as opções mais tradicionais, atração é o que não falta, neste domingo, aqui no Recife.  Há folia no Mercado da Boa Vista até o começo da tarde, no Pátio de São Pedro e No Pátio do Terço. Em Olinda, são mais de 500 agremiações que hoje ganham as ruas. Mas a festa maior é do Enquanto Isso, na Sala da Justiça, que já está concentrando no Alto da Sé, com chuva e tudo.

Vejam algumas atrações de hoje do Recife:

Marco Zero, a partir das 16h30m , Encontro de Maracatus de Baque Solto – apresentam-se doze grupos, com seus lanceiros, seus chocalhos, suas golas bordadas de lantejoulas e fitas coloridas. O maracatu rural, como também é conhecido, tem origem na Zona Canavieira de Pernambuco. É manifestação exclusiva do nosso estado. As apresentações se encerram com o Grupo Piaba de Ouro, de Olinda, que foi criado pelo saudoso Mestre Salu. À noite, no mesmo local, começam os shows, às 20h. Passam pelo palco Adriana B, Leci Brandão, Alcione e Monobloco. Programa para sambista nenhum botar defeito.

Pablo Vittar fecha o Rec-Beat na noite desse domingo.

Praça do Arsenal,  às 16h, Encontro de caboclinhos e tribos de índios – Embora sejam semelhantes, há diferenças entre as duas manifestações. Confira. E às 19h, começam shows com Família Salu e a Rabeca Encantada, Antúlio Madureira e o Estação Lunar (apresentação com Ceceu Valença, Clarice Azevedo e Liv Morais, filhos de Alceu, Geraldo Azevedo e Dominguinhos). Por fim, Quinteto Violado, que completa 49 carnavais, em 2019 e de quem me orgulho de ter feito a  primeira matéria de página inteira (quando ainda era “foca”), no Jornal do Commercio.

Pátio do Terço, às 15h, Encontro de agremiações afro –  Mas às 20h é que começa a apresentação de afoxés, nada menos de 18 ocupam o Pátio do Terço, no Bairro de São José, onde a cultura negra é sempre reverenciada, inclusive com a Noite dos Tambores Silenciosos, que acontece na Segunda.

No Cais da Alfândega, a partir das 19h30m, tem Rec-Beat – O ponto de encontro da moçada. Passam pelo palco montado à margem do Rio Capibaribe, DJ Kimberly Lindacelva, Cassio Oli (PE), Tuyo (PR), Getúlio Abelha (CE), Ferro(PE). E, por fim, a atração principal da noite e que deve atrair uma multidão: Pablo Vittar, que está estourando nas redes sociais com o seu Buzina.  O artista pode não ter um primor de voz (e precisa), mas a exemplo de funkeiros que dominam as paradas, faz a turma rebolar. E, no palco, sua presença é marcante. Impossível não parar para olhar para ele (a). Sinceramente, não sou fã da música de Pablo Vittar. Mas adoooooooooro ver sua performance no palco. Nem sempre, no entanto, é necessário ser um artista recente no cenário nacional para atrair milhares de pessoas. Há alguns anos, uma multidão tomou o Cais da Alfândega no Rec-Beat para assistir ao show de ninguém menos do que Odair José. Lembram dele?

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Texto: Letícia Lins/ #OxeRecife
Fotos: PCR e  Rec-Beat/ Divulgação

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