Calçada: Que saco, torci o pé de novo!

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Antes de torcer o tornozelo , em uma calçada assassina, na tarde da última segunda-feira (26/04), na Rua Amélia (Graças) eu havia feito pela manhã, uma solitária caminhada a pé, pelos bairros de Apipucos, Dois Irmãos, Macaxeira, passando, claro, pela Avenida Norte, um dos principais corredores do Recife.

Peguei a Dezessete de Agosto, Rua Caetés, BR-101, andei um pouco por Dois Irmãos, e depois voltei para caminhar pela Avenida Norte, Macaxeira, para voltar a Apipucos. Pois a situação das calçadas da Avenida Norte está cada vez pior. É que a via recebeu intervenção para melhorar as áreas destinadas aos pedestres. Porém sobraram longos trechos sem uma requalificação sequer. E um dos piores é o que fica entre a BR-101 e o Parque da Macaxeira. Aliás,  é um muitos no Recife que permanecem com zero presença do poder público.

Infelizmente.  Pois é uma área de grande movimento, por ficar  perto de terminal integrado de passageiros, fábricas, parques e escolas. Não dá para entender realmente porque a requalificação das calçadas ocorreu sem um mínimo de uniformidade na Avenida Norte. Além de desníveis, buraqueira, rampas irregulares, há locais onde o pedestre tem que andar pelo asfalto, correndo o risco de ser atropelado. É que há calçadas de barro batido, onde o mato chega até o meio fio, o que não deixa de ser outro risco ainda pior para o cidadão.

Cadeirante e deficiente físico não tem nem como se locomover naquele trecho da Avenida Norte. A foto maior é de 2018, e a situação agora é ainda pior porque o mato encostou no meio fio. E o problema é o mesmo nas duas faixas. As calçadas são tão irregulares, mas tão irregulares que caminhei com o maior cuidado do mundo, para não tropeçar, não torcer o pé nem ser atropelada, nos locais onde é preciso caminhar pelo asfalto. Mas foi só confiar em uma calçada – digamos assim mais “civilizada” – como a da Rua Amélia, para me acidentar na tarde do mesmo dia.

Cheguei à conclusão que no Recife, não há como descuidar, porque é onde você menos espera que encontra armadilhas como a que torci o pé. Resultado: um mês sem caminhar.  Dá para andar, dá, mas devo evitar para magoar.  Andar, só devagar e pisando leve.  Não foi preciso imobilizar de vez, mas o dr recomendou uma botinha  para proteger o pé até que ele se recupere. Para… torcer de novo. Porque é nas terríveis calçadas do Recife que mora o perigo!

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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