Tenho recebido muitas queixas da qualidade de nossas calçadas. E conversando com amigos, são poucos os que nunca levaram tombo, por conta de buracos, obstáculos no caminho, falta de manutenção. Tem gente até que precisou de cirurgia. Pois hoje foi meu dia. E a calçada nem era tão esburacada. Uma pequena irregularidade, me fez torcer o pé. E estou em casa, com bolsa de gelo. Queira Deus que não seja preciso imobilização, pois ficar sem caminhar para mim é um sacrifício, já que adoro andar. O acidente foi em Casa Forte, na manhã de hoje.

Saí da aula de Pilates, e fui fotografar bonitas calçadas dos bairros daqui da Zona Norte. Inclusive algumas que achava que eram perfeitas. Andava pela Rua Jacó Velosino, no bairro de Casa Forte, quando por pouco não caí. A dor foi forte, mal conseguia ficar em pé. Mas com cuidado, voltei dirigindo para casa, e agora estou tentando evitar magoar meu tornozelo. Era apenas um desnível na superfície da calçada, e deu essa dor toda. Fiquei imaginando quando a queda é maior, o tamanho do prejuízo. Eu, por exemplo, já precisei imobilizar o pé por três vezes, todas pro conta de tombos onde deveria ser um lugar seguro para se andar. Pois nem nas bonitas calçadas, dá para se confiar.

Calçadas, aliás, sempre foram preocupação da população aqui no Recife. Porque a maior parte tem buracos. Tanto que na última campanha eleitoral, todos os candidatos à Prefeitura prometiam restaurá-las. É rara a rua onde elas são compatíveis com as necessidades. Nesta semana, mostrei duas boas de se caminhar: uma em Santana, margeando o Rio Capibaribe, construída pela Prefeitura. E outra em Dois Irmãos, implantada pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (Ufrpe). Pois hoje, apesar do tombo, não estava a fim de mostrar coisa feia não. Saí colhendo calçadas bonitas, como as que andei pela manhã. E que, mesmo assim, são armadilhas para o pedestre. Infelizmente.
Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife
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