Até que o problema da ocupação das calçadas da Avenida Boa Viagem, à beira-mar, melhorou bastante. E também diminuiu a quantidade de veículos estacionados irregularmente, aos sábados e domingos, como ocorreu no primeiro dia do ano, quando as faixas laterais das duas calçadas ficaram ocupadas por automóveis, mesmo sem ser permitido o estacionamento ao lado da ciclovia. Até 2016, dava até medo caminhar na Orla, pois corríamos o risco de sermos atropelados por motos e carroças. E quando se reclamava, o que se ouvia eram gracinhas, resmungos e desaforos. Comigo mesmo já aconteceu.
O espaço para pedestres ficava limitado, porque além de motos, carroças ocupavam toda a calçada. Pois, pelo menos nesse quesito, a fiscalização vem dando certo. A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) está fechando o cerco aos infratores. Tenho visto constantemente equipes da Semoc, em operações no asfalto, inclusive com caminhão reboque. O trabalho faz parte das ações de ordenamento, para coibir a instalação de equipamentos na extensão dos espaços destinados a pedestres. Há, ainda, limitação de horário para desembarque das cadeiras de praia dos ambulantes e suas mercadorias. Operação de desembarque e embarque de mercadoria – gelo, cadeiras, bebidas, coco verde – só pode ocorrer das cinco às oito da manhã, ou das cinco da tarde às oito da noite.

A vigilância tem rendido frutos. Os carros deixaram livre a faixa ao lado da ciclovia (a não ser nos espaços recuados) e sumiram da calçada as carroças, motos e outros apetrechos que atrapalhavam o passeio. Segundo a Semoc, entre dezembro de 2016 a janeiro deste ano, ainda teve quem não respeitasse as regras, apesar da vigilância. Por esse motivo, foram apreendidas no período 15 carroças de alimentos e bebidas, cinco carrinhos de supermercado, dez pneus e cinco guarda-sóis.

Se no asfalto as ações estão funcionando, na areia da praia, nem tanto. Apesar de proibido, os ambulantes continuam preparando comida à beira mar, inclusive churrasco, camarão e peixe frito. Também não têm se comportado como deveriam na limpeza, pois muitos deles continuam jogando o lixo no chão. Para fiscalizar a areia, a Prefeitura diz contar, todos os domingos, com seis fiscais, que fazem rondas diárias. Será que esse número resolve? Agora a Semoc fala que os ambulantes terão seus equipamentos padronizados, através do Projeto Orla, que vai ser financiado pela iniciativa privada, no caso a Uninassau. Resta saber até quando se vai permitir que os barraqueiros continuem jogando seu lixo na areia. Mesmo com capacitação para 470 deles, que incluiu Higiene, a bagaceira no setor limpeza continua.
Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife
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1 Comments
Deveriam proibir vender qualquer coisa de plástico na
Praia. Todos os dias é uma lixeira a céu aberto. Os barraqueiros deveriam se responsabilizar pela limpeza da área que ele trabalha. A praia tá muito suja!