Bromélias raras no Jardim Botânico

Compartilhe nas redes sociais…

Elas possuem um aspecto agreste, e nascem até nas pedras. Mas ninguém resiste à sua beleza. As bromélias eram uma das paixões do grande paisagista Roberto Burle Marx, que inclusive as colecionava. Devido à  sua alta resistência, baixa demanda de cuidados são, também, as queridinhas daqueles que adoram plantas ornamentais e jardins.

Quem quiser conhecer melhor essa planta, pode ver a coleção de 500 amostras do Jardim Botânico do Recife, com cerca de 60 espécies. O JBR mantém as coleções para fins de proteção a espécies ameaçadas, e inclusive vem desenvolvendo trabalho de reintrodução de espécies nativas ao seu ambiente natural, na Mata Atlântica. As bromélias são nativas da América do Sul, Central e Norte com um alto poder de adaptação. Elas podem ser encontradas tanto em regiões litorâneas, quanto de altas altitudes, em locais secos ou úmidos, e iluminados ou não. Por serem plantas epífitas, podem se desenvolver utilizando outra planta como suporte em uma relação de interdependência benéfica para ambas as partes, o que acaba contribuindo para o equilíbrio do ecossistema.

“As bromélias em geral servem como casa, alimento e fonte de água para todo tipo de animais, microorganismos e até outras plantas. Em muitos ecossistemas, várias espécies de bromélias são as únicas fontes de água durante o período seco. E já existem várias evidências de que elas são fundamentais para restaurar os ecossistemas.”- explica o biólogo e analista do JBR, Jefferson Maciel, responsável pelos estudos de reintrodução de espécies ao seu ambiente natural. A maioria das espécies ameaçadas em extinção que são encontradas em Pernambuco faz parte da família Bromeliaceae. A coleção do Jardim Botânico do Recife abriga espécies bastante raras como a Karawata gustavoi, Aechmea serragrandensis e a Neoregelia pernambucana, essa última sendo encontrada apenas em uma mata do estado.

Há bromélias que gostam de sol, como a Imperial, a abacaxi-ornamental, a caraguatá-do-mato, a bromélia porto´seguro, a zebra, entre outras.  Mas há espécies que também crescem sob a sombra e podem até mesmo ser cultivadas em vasos, em ambientes internos.  A manutenção do espaço dedicado a essas plantas no JBR é feita por funcionários e estagiários. As plantas não exigem cuidados extremos, sendo suficiente uma rega frequente e controle do crescimento.  O Jardim Botânico do Recife fica aberto das terças aos domingos, das 09h às 15h e segue comprometido com os protocolos de segurança no combate à pandemia.  O JBR é considerado o melhor do Nordeste e está entre os cinco melhores do país. Vale a pena visitá-lo. A entrada é gratuita e o uso de máscara é obrigatório.

 

Leia também
Bromélias são reintroduzidas no ambiente natural do Recife
Flores, Bromélias, suculentas. Onde comprar
Uma explosão de vida entre as rochas. As flores da Chapada Diamantina
Orquídeas: Não compre sem saber a origem
Fachadas verdes contra ilhas de calor
Jardim Botânico tem produção de mudas afetada pela pandemia
Jardim Botânico do Recife inaugura Arena Arbo e recebe seu oitavo jardim temático
Isolamento: Jardim Botânico virtual
Olha! Recife tem programação verde
Jardim Botânico revela vida das aves
A caatinga no Jardim Botânico
Jardim Botânico tem trilha amazônica 
Urgente: Chuva fecha Jardim Botânico
Jardim Botânico tem trilha amazônica
Trilha ecológica para pais e filhos
Trilha cega com lápis semente
A caatinga no Jardim Botânico
A trilha cega e o rap da natureza
Feriadão: trilha cega e oficina de mudas e hortas
Ecoférias começam no Jardim Botânico
Cozinha sustentável no Jardim Botânico
Jardim Botânico amplia serviços

Aprenda a fazer adubo entre os sons da natureza

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação / JBR / Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.