Blocos ecologicamente corretos. Aprenda com eles

Compartilhe nas redes sociais…

Acabou o carnaval, e todo mundo sabe o pior saldo da grande festa: montanhas de lixo. Só no Recife, foram 450 toneladas recolhidas, de acordo com balanço divulgado hoje pela Prefeitura. São latas de cerveja, copos descartáveis, embalagens Pet, garrafas de vidro, tudo jogado no chão. Normalmente as agremiações carnavalescas e os próprios foliões não estão nem aí para o meio ambiente. É brincar e sujar. Por esse motivo, o #OxeRecife faz questão de registrar os exemplos de duas agremiações ecologicamente corretas: os blocos Vagalume Verde (do Rio de Janeiro) e O Grito da Véia (do Recife).

Nota dez para os dois, que vão compensar as emissões de carbono com o plantio de árvores. Segundo o jornal O Globo, o Vagalume Verde arrastou 10 mil pessoas pelas ruas do Rio, tendo o maior cuidado até com as bitucas, normalmente atiradas ao chão sem constrangimento  nenhum pelos fumantes. Pois vejam o que o Vagalume fez: utilizou artigos recicláveis nos seus adereços, inclusive sobras dos barracões das escolas de samba. Os seus integrantes também distribuíram porta bitucas para que os foliões não atirassem pontas de cigarro em ruas e praças do percurso.

Os 90 componentes da bateria usavam cocares confeccionados a partir de material oriundo de embalagens Tetra Pak. E para neutralizar as emissões de carbono, a direção da agremiação vai plantar árvores no Jardim Botânico do Rio, um dos mais visitados do Brasil. Pois o Grito da Véia não fica atrás. E até comprou créditos de carbono, via Carbon Footprint, empresa internacional especializada nesse tipo de compensação. Como usa orquestra de chão – em vez de trio elétrico  – o Grito da Véia calculou a quantidade de foliões, o gasto médio em deslocamentos de carro até a concentração e comprou os créditos. A compensação será feita com plantio de árvores e aplicação de recursos em projetos de energia renovável.

O Grito da Véia é sustentável. Nossos copos são biodegradáveis, estabelecemos limites para a quantidade de decibéis, e a  orquestra tem que se deslocar com pé no chão. Além disso temos integração com a comunidade local, e prestamos homenagens, sempre, a um morador da região”, afirma Jacques Ribemboim, da direção do Bloco. “Temos preocupação sócio ambiental. Não poluímos, não incomodamos a vizinhança, respeitamos a cultura do bairro e só tocamos frevo, ciranda, maracatu, ou seja, ritmos da terra”, diz.

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife

Foto: Divulgação / Vagalume

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.