“Bernarda Soledade” no Sebo Casa Azul

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Sou fã de Raimundo Carrero. Da vida e da obra. Porque os fatos de sua vida, tão marcantes, confundem-se, muitas vezes, com os relatos nos seus romances. Já o entrevistei tantas vezes, que sei muito bem disso. Ele hoje é um escritor consagrado e premiadíssimo. Tem um acervo de obras maravilhosas: O senhor agora vai mudar de corpo, Sombra Severa, A minha alma é irmã de Deus, O delicado abismo da loucura. Cada livro, mais forte e cru do que o outro, com seus marcantes e curiosos personagens, de tumultuadas almas.

Pois hoje a gente está falando do seu primeiro romance,  Bernarda Soledade, a Tigre do Sertão. Publicado em 1975, o livro terá nova leitura dramática neste sábado (27), às 18h, em Olinda. A história da família Soledade, que marcou a entrada de Carrero no cenário literário nacional, será dramatizada por um time de peso: Fabiana Pirro (Bernarda), Sílvia Góes (Inês), Ana Nogueira (Gabriela), Cláudio Ferrário (Narrador e Coronel Pedro Militão), Diógenes D. Lima (Anrique Soledade) e Edjalma Freitas (Pedro Lucas). A percussão de Luca Teixeira. A apresentação será no sebo Casa Azul, do escritor Samarone Lima, recém-inaugurado na rua 13 de Maio (vizinho ao MAC e Casa do Cachorro Preto).

Os atores Cláudio Ferrario e Fabiana Pirro participam da leitura dramatizada de Bernarda Soledade.
Os atores Cláudio Ferrário e Fabiana Pirro participam da leitura dramatizada de Bernarda Soledade, de Raimundo Carrero.

A leitura de Bernarda Soledade integra o Circuito de Leituras Teatrais Dramatizadas da Literatura Pernambucana do Centro Cultural Raimundo Carrero, que também investiga Hermilo Borba Filho e Joaquim Cardozo. Ao final da leitura, haverá um bate-papo entre Carrero e Samarone. A ideia é uma conversa descontraída sobre literatura, criação, teatro e vida, tendo como ponto de partida a força do romance Bernarda Soledade, publicado há mais de quatro décadas. O projeto conta com o patrocínio da Copergás. A entrada é franca. Bom, né?

Um curiosidade: Bernarda nunca foi encenada, mas já conta com duas adaptações. Uma escrita pelo próprio Carrero, sob encomenda de uma companhia paulista. E  esta, feita especialmente para leitura dramática, assinada por Fabiana Pirro, Ana Nogueira e Sílvia Góes, com a participação do autor. “O teatro tem uma ligação muito íntima com a literatura. Sobretudo porque ambos pertencem ao reino das palavras, com algumas peças inteiramente dedicadas ao discurso literário. Com vantagem para o teatro, que coloca o espectador em relação intensa com a criação”, diz Carrero. A primeira leitura foi realizada em 10 de maio, no Centro Cultural Raimundo Carrero.  A apresentação de hoje tem direção coletiva, e produção de Fabiana Pirro e Ana Nogueira, duas figuras ótimas.

Serviço

Local: Sebo Casa Azul (Rua 13 de Maio, 121  – Carmo/Olinda). Ao lado do MAC e da Casa do Cachorro Preto
Dia: Sábado (27)
Hora: 18h
Entrada franca

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Roberta Guimarães / Divulgação

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