No Grande Recife, são muitos os lugares que fazem referências a Joaquim Nabuco (1849-1910). Ruas, praças, instituições, escolas. No município do Cabo de Santo Agostinho, há o Engenho Massangana, onde ele passou a infância e ao qual atribuía as primeiras sementes de sua formação. No Recife, temos a Praça Joaquim Nabuco (no bairro de Santo Antônio), a Rua Joaquim Nabuco (Graças), a Fundação Joaquim Nabuco – Fundaj (Casa Forte, Derby e Apipucos). E ainda a Assembleia Legislativa que o tem como patrono, e denomina a sua antiga e histórica sede como Palácio Joaquim Nabuco (foto acima).
Na Rua da Imperatriz, na Boa Vista, no Centro da Cidade, há o sobrado onde ele nasceu, porém a única lembrança a seu respeito é uma placa na parede lateral. Quase em ruínas, o casarão sobrevive entre períodos para uso comercial e outros em que, vazio, fica em busca de inquilino. Nessa segunda (21/8), às 18h, a Assembleia Legislativa (Alepe) inaugura exposição em homenagem ao abolicionista. A mostra “Nabuco em Casa” fica em cartaz até 1 de setembro, no hall do primeiro andar do Edifício Miguel Arraes, que vem a ser a moderna sede da instituição ( na Rua da União), que antes ocupava só o prédio histórico que fica na Rua da Aurora.
A expô, portanto, será na sede moderna, o Edifício Miguel Arraes, que fica defronte da sede antiga. A mostra traz 16 painéis, que contam a trajetória do personagem histórico, réplicas de objetos de uso pessoal e frases que resumem o pensamento e o pioneirismo de Nabuco, o mais famoso abolicionista brasileiro. Que foi também jornalista, político, diplomata, memorialista, jurista, mas sobretudo um humanista à frente do seu tempo, cujos pensamentos permanecem atuais e podem funcionar como lição para políticos que, em pleno século 21, ainda têm ideia deturpada do sentido do que seja a Pátria como acabamos de ver na gestão que se encerrou em dezembro passado. “O verdadeiro patriotismo é o que concilia a Pátria com a humanidade”, definia Nabuco.
A Alepe informa que haverá visitas guiadas à exposição, com prioridade para alunos de escolas públicas. Até o momento, quatro já agendaram visitas: Joaquim Nabuco, Sizenado Silveira, Luiz Delgado (Recife). E Escola Marechal Floriano Peixoto (Olinda). O edifício de linhas neoclássicas à margem do Rio Capibaribe e no qual a Alepe funcionou durante décadas, é conhecido como Palácio Joaquim Nabuco, e há um busto do abolicionista no salão onde funcionava o plenário. Às 18h haverá sessão solene para marcar a passagem dos 174 anos de Nabuco. O evento será no auditório Sérgio Guerra. Em seguida, a expô será aberta. Nabuco nasceu em 19 de agosto. O bisneto de Nabuco, Pedro Alberto Nabuco, participa dos eventos, que terão ainda apresentação musical, comandada por Beto Ortiz e Cláudio Almeida, com participação de Coral Vozes de Pernambuco, formado por servidores da Alepe.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Divulgação / Alepe
