A “primavera” do Abricó-de-macaco

Todos os anos, quem caminha pela Praça de Casa Forte, defronta-se com esse espetáculo da natureza. A “primavera” do abricó-de-macaco e o aroma de suas flores. Aqui no #OxeRecife, já me referi a essa bela árvore, nativa da Amazônia e que foi uma das 57 espécies escolhidas por Roberto Burle Marx (1909-1994) para, nos anos 1930, compor  aquele que seria o primeiro projeto de jardim público do arquiteto que depois se tornaria um dos mais importantes paisagistas do mundo.  Nesta semana, o fotógrafo e amigo Alexandre Albuquerque extasiou-se com a a  árvore, quando fazia uma caminhada pelo local e acaba de me enviar esses belos registros fotográficos.

O abricó-de-macaco é assim chamado no Recife, mas a árvore também é conhecida em outros locais como castanha de macaco, cuia-de-macaco, amêndoa dos andes, amendoeira dos andes, coco-da-índia.  Suas flores atraem muitas abelhas e outros polinizadores. Chamam a atenção pela exuberância, pelas cores e pelo seu perfume. O abricó-de-macaco, no entanto, tem um aspecto curioso. Os frutos fedem tanto, que os homens sequer os consomem. Já os macacos adoram a fedida iguaria. São várias as espécies que disputam os seus frutos.  A árvore também é encontrada na Venezuela, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Panamá, Suriname.

Quando projetou a Praça de Casa Forte – hoje um jardim histórico – Burle Marx dividiu a área em três grandes jardins, cada qual com espécies vegetais distintas. No primeiro jardim, espécies brasileiras, com variedade de plantas aquáticas. No central, espécies da Amazônia. No terceiro, um pequeno resumo de espécies de vário continentes, mas que se adaptaram bem ao Brasil, como é o caso dos flamboyants.  Já abordara o abricó, que atinge até 15 metros de altura, quando adulta. Mas diante da oferta tão generosa do meu amigo Alexandre e da própria natureza, resolvi fazer um repeteco. Árvore é tudo, árvore é vida, árvore nos ajuda a combater o aquecimento global. E ainda constitui um colírio para nossas vistas. Infelizmente, em cidades como o Recife, as marcas de arboricídio estão em todas as esquinas. Infelizmente.  Parem de derrubar árvores!

Leia também:
As mil e um utilidades do butiá
Parece coco, fruta-pão, mas é… coité
Tapiá, uma festa para os pássaros
Palma-de-Manila: a festa das abelhas
A exuberância do abricó-de- macaco
Flamboyanzinho cada vez mais comum
Pitomba tem poder analgésico?
É verdade que piranga é afrodisíaca?
O charme e o veneno da espatódea
As mangas da vida
A festa dos ipês no Recife e no Pará
O tapete vermelho do jambo do pará
Dia da Árvore: a “vovó” do Tapajós
Viva a árvore mágica, no Dia do Baobá
Desabrochar musical da Flor do Baobá
O maior colosso vegetal do mundo
Flamboyanzinho cada vez mais comum
Veja a flora do Sertão em Dois Irmãos
A caatinga no Jardim Botânico
Jardim Botânico tem trilha amazônica
Por um milhão de árvores na Amazônica
Esso decide plantar 20 mil árvores para proteger mico-leão dourado
Coca-Cola planta 600 mil árvores
Livro mostra jardins históricos do Recife

Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Alexandre Albuquerque / Cortesia

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.