Agora é oficial: Big Bompreço de Casa Forte reduz serviços e fecha as portas no dia 19 de março

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Agora é oficial.  O Big Bompreço Casa Forte, o mais badalado supermercado da Zona Norte, vai mesmo fechar as portas. Já tem até data: 19 de março. Quem passa por seu corredor interno de lojinhas, tem a mesma sensação de decadência que sente ao passar por ruas centrais do Recife, como a Nova e a Imperatriz. É que quase todas as operações estão fechadas, inclusive algumas que ali funcionavam há mais de 30 anos, como é o caso da Spelunka, que era comandada pelo ator e empresário Germano Haiut. Também fecharam lojas de calçados, relógios, colchões, perfumaria, óculos.  Até gabinete de estética, que havia ali se instalado no ano passado. As poucas que restam têm prazo para entregar os imóveis onde funcionam.

Com lojas fechadas – calçados, perfumaria, confecções, etc- Big Bompreço tem ficado com estacionamento quase vazio

No interior do supermercado a situação ainda é pior: prateleiras vazias. Mas no caminho às gôndolas desprovidas de mercadorias, a explicação: o antigo Hiperbompreço, depois Big Bompreço vai mesmo suspender as atividades. Segundo os trabalhadores, todos já sabem que serão demitidos. Extraoficialmente, a informação que corre é que a loja e outras 16 no estado foram compradas pelo Grupo Carrefour. Acontece que a compra foi questionada pelo Cade, e o Carrefour teve que se desfazer dos ativos que havia adquirido.

No caso do Big Bompreço Casa Forte, os lojistas que foram expulsos do corredor comercial do Supermercado confirmam que o Cade obrigou o Carrefour e o Big Bompreço a desfazerem o negócio, pois o grupo francês ficaria com duas lojas muito próximas, separadas apenas pelo Rio Capibaribe, a de Casa Forte e a da Torre. Nesse caso, a concorrência, como é que fica? Ou melhor,  como ficaria? O fato é que as placas distribuídas na loja de Casa Forte, no entanto, fazem referência ao Carrefour, e não ao Grupo Mateus, do Maranhão, que seria o novo dono da loja de Casa Forte, segundo apurou o #OxeRecife.

Todos os caixas eletrônicos que ficavam próximo ao estacionamento, no Big Bompreço, foram retirados

O Grupo Mateus, pouco conhecido pelos consumidores pernambucanos, não é qualquer um não. É aquele que comprou o Big Bompreço de Olinda, quando suspendeu as atividades e demitiu mais de cem empregados, para montar sua própria operação. Com sede no Maranhão, opera no Norte e no Nordeste, regiões onde possui nada menos de 226 lojas, das quais 25 foram inauguradas em 2022. O grupo opera no ramo desde 1986, e controla Mateus Supermercados, Mix Atacarejo, Eletro Mateus e Armazéns Mateus. A sua chegada a Pernambuco foi anunciada com estardalhaço em  junho de 2021, pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), ainda durante o Governo Paulo Câmara (PSB).

Corredor de lojinhas do Big Bompreço está com quase todas as operações já fechadas. Algumas aliá há três décadas

Na ocasião, o Presidente do Grupo Mateus, Ilson Mateus, anunciou intenção de investir R$ 17 bilhões “em 41 lojas espalhadas pelo estado”. Ele confirmou, inclusive, que começaria pelo município de Petrolina, localizado a 769 quilômetros do Recife e o mais próspero do Sertão de Pernambuco. De acordo com a nota divulgada na época pela Adepe, o estado iria receber, além das 41 lojas, “dois centros de distribuição do Grupo Mateus, a quarta maior rede de varejo de alimentos do Brasil, com capital 100 por cento nacional”. Agora é esperar para ver o que acontece e se os preços do novo grupo serão mais convidativos do que os praticados hoje pelo Big Bompreço, pelo Carrefour e pelo Pão de Açúcar, só para ficar nas três redes mais conhecidas no estado.

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Texto: Letíci

 

Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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3 comments

  1. É esperar o Mateus. Casa Forte só tem, nas proximidades, o pequeno Pão de Açúcar, decadente e sujo. Pelos elevadores de cabines imundas e pela pintura das paredes, parece uma casa sem governança.

      1. Muitas. Farmácia, Lotérica, butiques, lanchonetes, doçarias, casa de depilação (recém inaugurada, por sinal). Outras, como a Spelunka (confecções) estavam lá há mais de 30 anos. Tinha loja de colchão, relógios. Algumas fecharam, outras estão procurando novos pontos.

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