Zoológico de Dois Irmãos, ainda fechado, recebe novos animais e muda de perfil

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Sem duas das atrações prediletas da criançada – o urso Zé Colmeia e o leão Léo – o Parque Estadual de Dois Irmãos está com novos moradores. Pena que não tão grandes quanto os dois mamíferos que morreram durante a pandemia. E também que os frequentadores do Pedi não possam, ainda, conhecer os oito répteis que chegaram  nesta semana ao zoológico, que ainda não tem data para reabrir para o público. Está fechado desde o ano passado, quando teve início a crise sanitária provocada pela Covid-19.

O Zoo recebeu duas iguanas e seis serpentes. Os animais silvestres – nativos dos biomas Mata Atlântica e Caatinga – vieram do Projeto Selva Viva, em São Paulo, e passam por período de quarentena. Segundo o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, José Bertotti (foto superior), a chegada desses animais já atende ao novo Plano Diretor do zoo, que foca na preservação da biodiversidade local. “Estamos começando a colocar em prática o plano de populações do zoológico, que muda o perfil de animais abrigados aqui e potencializa os instrumentos disponíveis para proteger a riqueza natural do nosso estado da extinção”, diz. E complementa: “São ações que visam à conservação da fauna da Caatinga, Mata Atlântica e das zonas de transição da Mata Atlântica”.

Iguana é um dos oito novos moradores do Zoológico do Parque Estadual de Dois Irmãos, que está mudando de perfil.

Das serpentes recebidas, quatro são jibóias naturais da Mata Atlântica. Já os outras são da Caatinga. Todos os novos moradores do zoológico do Recife passaram, sem sucesso, por processos de reabilitação no Projeto Selva Viva, que apoia órgãos ambientais nesta área. Esses animais foram resgatados em criadouros ilegais e apresentaram comportamentos incompatíveis para a soltura na natureza, pois se acostumaram com a presença e a manipulação feita por humanos.

Também em continuidade ao plano diretor, o Zoológico do Recife se despediu de oito animais exóticos. De forma parceira, foram transferidas duas cobras píton (originárias da Ásia), e seis Tartarugas-da-Amazônia, para o Projeto Selva Viva. As espécies silvestres seguiram em caixas apropriadas ao transporte para a sede da instituição em Taubaté, São Paulo. A entidade é devidamente regularizada e capaz de fornecer igual condição de bem-estar aos bichos. Com o plano de populações do zoológico do Recife, o perfil de animais abrigados muda, ocorrendo a saída de algumas espécies e a chegada de outras. O  próximo a “viajar” será o pelicano.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Pedro Caldas/ SemasPE

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