Viva! Noronha movida a carbono zero

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Agora é lei. O Governador Paulo Câmara (PSB) acaba de sancionar lei que proíbe a entrada e circulação de carros movidos a combustão no Arquipélago de Fernando de Noronha, um dos mais importantes santuários ecológicos do Brasil. A regulamentação, no entanto – mais conhecida como  Noronha Carbono Zero – vai funcionar para valer  só a partir de 2022, quando  nenhum carro que emita dióxido de carbono (movido a gasolina, álcool e óleo diesel) poderá entrar na ilha.

A assinatura da lei ocorreu em cerimônia no Palácio do Campo das Princesas. Até 2029, os veículos com motor a combustão ainda circularão no Arquipélago. Ou seja, os que funcionam no sistema antigo ainda podem ser utilizados, tempo em que os seus proprietários se adequarão à nova legislação. Mas em 2030, na ilha  – localizada a 543 quilômetros do Recife – só circularão veículos movidos a eletricidade. Fernando de Noronha torna-se, assim, primeiro lugar no Brasil a ter legislação proibindo uso de carros a combustão. O que já é um bom início.

“Estamos garantindo uma política que será importante para a preservação do meio ambiente e para a conscientização do papel do cidadão nessa tarefa. Já havíamos adotado o Plástico Zero em Fernando de Noronha e, agora, avançamos para, de forma gradativa, assegurar a circulação de veículos não poluentes no arquipélago. Seguiremos buscando sempre alternativas para garantir um futuro mais sustentável”, afirma o governador.

Um lembrete: a lei não se aplica a embarcações, aeronaves, tratores e outros veículos automotores assemelhados, destinados a puxar ou arrastar maquinaria, executar trabalhos de construção ou de pavimentação, serviços portuários e aeroportuários. Para reforçar a preservação ambiental de Fernando de Noronha, o Governo de Pernambuco, por meio da Administração da ilha, fechou parceria, em junho, com a Renault Brasil para a implantação dos carros elétricos. Atualmente, seis veículos de três modelos estão sendo utilizados pelo distrito. Também vem fazendo parcerias com outras instituições como o Centro Brasil no Clima (CBC) e a Plataforma Circularis.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Hesíodo Goes / Secretaria de Turismo de Pernambuco

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