Trabalho escolar sobre vacina faz sucesso em tempos de Covid-19

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Coisa boa. É sempre animador dar notícias sobre a meninada que está acontecendo, ganhando prêmios, vencendo olimpíadas. Se for da escola pública, o mérito é maior ainda, pois sem sempre elas têm as mesmas condições das particulares. Pois os estudantes Pedro Renato Soares, Ana Beatriz Ferreira e Vinícius de Oliveira formam uma equipe que acaba de ser destaque na Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente – OBSMA, na categoria Projeto de Ciências, na modalidade do Ensino Fundamental da Regional Nordeste.

E o trabalho científico que apresentaram não poderia ser mais atual, em um momento em que a maior autoridade do país tenta confundir o público, chegando a dizer que quem se vacinar pode “virar jacaré”: Vejam o tema que eles escolheram: “Vacinar ou não vacinar? Os efeitos colaterais do Século XXI”.  Tão oportuno, o trabalho foi considerado o melhor da Região Nordeste na área de pesquisa científica em ciências. O objetivo foi mostrar a necessidade do envolvimento da sociedade e da comunidade escolar, em modificar o quadro do baixo número de vacinação, provocado pela proliferação das Fake News e das ações antivacinas. Tudo muito, mas muito em dia mesmo.

Parabéns também para a professora e orientadora do projeto, Ana Paula Freire. E também para o professor de História e coorientador do projeto, Henrique Nelson. E também para a Escola Municipal  Octávio Meira Lins, que fica no Vasco da Gama, bairro popular da Zona Norte do Recife. “Chegar a final para concorrer a premiação nacional, como na Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, promovida pela Fiocruz, instituição científica de maior credibilidade e respeito no Brasil e no mundo, já foi uma grande vitória”, diz a Professora.

“Venho participando de edições anteriores e sei o que representa sermos premiados nesta Olimpíada, que recebe excelentes trabalhos de escolas, de educadores e de estudantes de todo o país”, destaca. “Isso o é reconhecimento de um trabalho sério desenvolvido na escola, que mobiliza toda a comunidade escolar em defesa da ciência e da participação efetiva desses estudantes autônomos e protagonistas”. O projeto também tem tudo a ver com a realidade dos estudantes, já que surgiu de levantamento feito pelos adolescentes, que mostrava o baixo número de vacinados no bairro do Vasco da Gama e em outros próximos.  Com o início da pandemia da Covid-19, o trabalho veio firmar, ainda mais, a necessidade de esclarecer e manter a população vacinada. “A partir da iniciativa e curiosidade dos próprios estudantes, surgiu a ideia e o tema do projeto, devido a problemática que já atingia não só nossa comunidade, como também todo o Brasil”, diz.

“Com a chegada da Pandemia do Covid-19, o trabalho teve novos olhares, pesquisas e orientações, que reforçaram a necessidade de continuidade ao projeto de pesquisa científica, dessa vez de forma remota. Precisamos combater os movimentos antivacina e anticiência, e isso também é responsabilidade da escola”, conclui. Além de concorrer ao prêmio nacional da Fiocruz, o trabalho teve êxito na Feira de Conhecimentos do Recife (Fecon 2019), onde foi selecionado para a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia – USP/SP (Febrace).  Em 2020 o trabalho foi premiado também na 26ª edição da Ciência Jovem.

Sem distanciamento social e sem vacinas em quantidade suficiente, as pessoas permanecem se contaminando pelo coronavírus.  No domingo, Pernambuco registrou 1.734 novos casos da Covid-19, elevando-se para 395.563 o total oficial de pessoas infectadas pelo coronavírus no estado, desde o início da pandemia. Também foram confirmados 70 óbitos devido à doença, somando-se 13.640 o total de vidas perdidas para a doença.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação

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