Diferente do que se observa nas ruas do Recife – onde as árvores são podadas sem critérios e, muitas vezes, mutiladas ou mesmo “assassinadas” – a Faculdade de Direito do Recife acaba de dar um exemplo, que deveria ser seguido por órgãos públicos que atuam nesse segmento: fez podas no final de semana na Praça Adolfo Cirne, mas os serviços foram realizados com o maior cuidado. Tudo de forma bem racional, para se evitar que a vida das plantas corresse algum tipo de risco.
O Gerente de Infraestrutura da Faculdade, Erinaldo Vilaça Júnior, designou inclusive dois servidores para evitar exageros, como esses que a gente vê, a cada dia e em toda esquina pelas ruas da nossa capital. “A última poda havia sido efetuada em 2015”, informa um dos funcionários que foram encarregados de monitorar o trabalho de corte. Na Praça, onde fica o prédio histórico da Faculdade, há acácias, três baobás, seis pés de pau-brasil, e várias fruteiras, como pitangueira, acerola e jabuticabeira.
“O trabalho mais efetivo foi nas acácias, que crescem e proliferam muito, de forma descontrolada”, diz Fernando, que além de servidor público, gosta de botânica e é conhecido por semear baobás em todo o Brasil, com dois trabalhos acadêmicos sobre a planta. As podas na Adolpho Cirne foram efetuadas nos dias 4 e 5 de fevereiro, pela FK Engenharia e Serviços. No Recife, as ruas têm exibido podas tão mal feitas, ao ponto de condenar à morte as árvores de nossas praças, calçadas, parques. Mutilações e “assassinatos” delas também são comuns. O que vem provocando protestos da população, com o apelo “Parem de derrubar árvores”, que marcam muros na cidade.
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“Parem de derrubar árvores” (4)
Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Faculdade de Direito / Divulgação / Fernando Batista
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