A legislação existe há onze anos. Entre outras iniciativas, a Lei Estadual 12.810 de 10 de maio de 2005 impede a circulação de cães nas praias, inclusive nas do Recife. Em seu artigo quarto, ela determina que “fica proibida a permanência, condução ou trânsito de qualquer animal na faixa de praia do litoral pernambucano, seja de pequeno ou grande porte, em todos os dias da semana”.
Pelo que se observa, a lei é letra morta. Nada contra os totós. Mas contra seus nem sempre bem educados donos, que deveriam seguir a legislação. Em caso contrário, a lei existe mesmo para quê? O problema não são propriamente os animais, mas quem anda com eles. Costumo caminhar pela beira-mar, entre o Pina e Boa Viagem. No último sábado, fui do Tulip Hotel até Brasília Teimosa. No percurso entre um e outro, contei 25 banhistas, andando com seus cachorrinhos. Sabem quantos tinham saquinho plástico na mão, para apanhar os dejetos? Só um. Cadê a lei e seus fiscais?
E se o bicho transitar tem impedimento, permanecer, também. Mas já tem gente até utilizando a parte inferior do suporte do guarda-sol para deixar o bicho preso. Pode? Nos bairros, a sujeira também é grande. É só dar uma passadinha pela Rua do Futuro, uma das áreas mais nobres do Recife. As calçadas são um “primor” de cocô de cachorro. As madames descem, passeiam com os bichinhos e deixam o “carimbo” no chão. Recentemente eu caminhava pela Avenida 17 de Agosto, quando me deparei com uma senhora e o cachorrinho. O canino fez no chão. E ela logo apanhou com um saquinho. Sabe o que fez depois? Jogou o saco com o dejeto no canal, em frente ao Shopping Plaza. Como sou chata, ao ver o “pombo” voando, falei para a mulher ao passar ao seu lado:
“Achei lindo quando a senhora apanhou o cocô do seu cachorrinho e botou num saco plástico. Mas sujou, quando a senhora jogou tudo no canal. Não adiantou nada usar o saquinho”. Ela olhou para mim, com espanto e indignação. Parecia pensar que eu era um extraterreste. Sinceramente. #OxeRecife…
(Foto: Letícia Lins/ #OxeRecife)
Penso o mesmo!
Vejo que o pior não são os dejetos, mas sim, a urina. Urina cuja qual pode tramitir doenças e que por suas vez não pode ser coletadas pelos donos do pet.
Na ultima vez que estive na praia pude presenciar dois atos. Em um, o pet simplesmente passou em um local onde a poucos minutos uma criança estava a brincar e urinou, logo em seguida vi seu responsável o tirando deste local. Na outra situação, o dono estava no mar, quaando seu animal o seguiu e lá mesmo urinou, querendo ou não crianças, jovens e adultos utilizam das águas para se refrescar, agora “batizada”.