Tereza: uma mulher em três tempos

Mulher linda, essa tal de Tereza Costa Rêgo. Sou fã da criatura, da artista, da pessoa humana, da sua sabedoria. E também da mulher que desafiou o preconceito, as estruturas sociais e a ditadura para viver um grande amor. Sem medo de ousar, sem medo de ser feliz. Grande Tereza, de quem me orgulho de ser amiga.

A artista plástica, aliás a pessoa Tereza, está no centro das atenções, na noite dessa quarta-feira, quando será lançado o livro Tereza Costa Rêgo – Uma Mulher em Três Tempos, contando a vida da artista. O autor é o jornalista Bruno Albertim que, como eu, é fã da pintora. O livro, como o título sugere, é dividido em três tempos, segundo o autor.

E quais são esses tempos? O primeiro, durante a juventude, nascida em família aristocrata, destinada a ser “o piano da sala”. Casa-se, tem filhos, cumpre a obrigação dos eventos sociais. O segundo tempo ocorre quando ela se vê, ainda casada, mergulhada em um grande amor. Um amor complicado. Porque o alvo da paixão era Diógenes Arruda, do PC do B, então um partido clandestino (Diógenes, a quem tive o prazer de conhecer era, como Tereza, uma figura encantadora).

O casal foge para o exílio, mas quando volta ao Brasil, após a anistia, mal teve tempo de comemorar, porque Diógenes morreria logo após o regresso. E aí, Tereza mergulha de corpo e alma na sua arte, sendo este o terceiro tempo abordado por Albertim.  Uma arte, diga-se de passagem, grandiosa. O lançamento do livro, editado pela Cepe, ocorre às 19h  de hoje, no Museu do Estado (Av. Rui Barbosa, 960, Graças). Na mesma noite, será lançado o livro Montez Magno: Poeta, artista, camaleão, da jornalista Olívia Mindêlo, também pela Cepe. Mas não tenho nenhuma dúvida: Tereza é  rainha da festa. Só poderia render um quem, aqui no #OxeRecife. Pensem em uma pessoa maravilhoooooooooooooosa.

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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação/ Cepe

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2 comments

  1. Cara Letícia Lins
    Vc é a filha de Osman? Eu e e meu marido fomos amigos de seu pai mais aqui em São Paulo do que no Recife
    Acho que fui sua professora na Escolinha de Arte do Recife
    Adorei ler seu artigo sobre Tereza de quem sou admiradora Pena que ela se foi.
    Um abraço Ana Mae Barbosa

    1. Sim, você foi minha professora. Aliás, só lembro de duas pessoas na minha querida escolinha de Arte, você e a inesquecível Noêmia Varela.
      Recentemente, escrevi aqui sobre a importância da Escolinha de Arte na Minha Vida, e também sobre Cildo Oliveira, que também foi aluno de lá e hoje é artista plástico. Um abraço. Que bom lhe encontrar via #OxeRecife. https://oxerecife.com.br/?s=escolinha+de+arte

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