Bacana demais, a ação da Cepe – Companhia Editora de Pernambuco, que acaba de enviar 8.170 livros para bibliotecas do Rio Grande do Sul, para ajudá-las a reconstruir o acervo que foi destruído pela tragédia das enchentes registradas naquele estado entre os meses de abril e maio de 2024. Da própria editora, são 200 títulos doados. A parte restante veio de postos de arrecadação colocados em suas livrarias, em shopping-centers e colégios.
Um caminhão com 129 caixas partiu na terça-feira do Recife com o carregamento. Os títulos serão entregues aos coordenadores da campanha A Ponte, criada naquele estado logo após a maior enchente da sua história. Nos meses de junho e julho, por meio do Núcleo Pedagógico da Cepe, a sociedade em geral e instituições parceiras foram convidadas a participar dessa corrente em prol das bibliotecas escolares do Rio Grande do Sul, em dois momentos distintos: primeiro, com pontos de arrecadação nas lojas da Editora e nos Colégios Apoio, Cognitivo e Fazer Crescer. Em seguida, com outro posto de coleta, montado no Plaza Shopping, situado no bairro de Casa Forte, na Zona Norte do Recife. Há também, doação feita pelo Conservatório Pernambucano de Música. A Editora doou para a campanha 200 títulos do seu acervo.
“Recebemos muito material, fizemos uma triagem para avaliar as condições físicas e o conteúdo de cada livro e selecionamos somente os aptos, incluindo também alguns didáticos sem uso e títulos de literatura para o público jovem”, informa Tatiana Gusmão. O caminhão saiu da sede da Cepe, em Santo Amaro, na área central da cidade. “Como editora, a Cepe não poderia deixar de participar de uma campanha como essa, nós temos um grande trabalho de valorização do livro e da leitura e entendemos a importância de reorganizar as bibliotecas escolares para que elas voltassem a funcionar a pleno vapor”, afirma a jornalista e coordenadora do Núcleo Pedagógico, Mariana Oliveira.
A jornalista observa que, no primeiro momento da catástrofe provocada pela enchente, havia necessidades básicas a serem supridas no Rio Grande do Sul, como arrecadação de alimentos, água, roupas, calçados, lençóis, produtos de higiene pessoal e materiais de limpeza. “Em seguida, chegou a vez dos livros, que é um outro tipo de valor, intangível e subjetivo, mas também muito importante, a gente entende que o livro é muito poderoso, em vários sentidos”, destaca.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Foto: Divulgação