Como se não bastassem o risco de se contaminar com a Covid-19 em ônibus superlotados que circulam na Região Metropolitana, os usuários do sistema de transportes do Recife ainda se defrontam com a falta de conforto nos abrigos espalhados na cidade.
Falta limpeza, conforto, assentos e acessibilidade. Sejam eles nos bairros – populares ou sofisticados – e até mesmo naqueles que ficam praticamente no centro da cidade. Sempre chegam aqui no #OxeRecife denúncias dando conta de que ficam na chuva ou no sol, que esperam em pé a chegada dos coletivos e acusam excesso de sujeito. A denúncia mais recente chegou da leitora Sofia de Paula Lopes, que reside no bairro do Derby.

Ela é uma moradora atenta às coisas da cidade, tanto no que diz respeito à degola das árvores quanto a problemas urbanos como condições das calçadas, dos parques, da orla. “Veja a situação deplorável do abrigo de ônibus na Praça do Derby”, diz, chamando a atenção. Como costumo caminhar muito pelas ruas do Recife, acho que ela tem toda razão.
Há abrigos de ônibus, aos quais cadeirantes e pessoas com deficiência nem conseguem ter acesso, devido à falta de conservação das calçadas. Um exemplo: Na Avenida Dezessete de Agosto, próximo ao terreno da antiga Casa de Saúde São José, a calçada oferece risco aos pedestres e completafalta de acessibilidade. Até o meio fio está com pedras soltas e com pontas pontiagudas para cima. Se a pessoa cair, já viu. Depois do coice, a queda. Entra gestão e sai gestão e fica tudo do mesmo jeito. A mesma situação que pode ser constatada em vias de grande movimentação, como as Avenida Rosa e Silva, Caxangá e Recife.
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Texto: Letícia Lins / #OxeRecife
Fotos: Sofia de Paula Lopes / Cortesia