“Só os incautos não viram que o Açude de Apipucos está em estado falimentar”

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Servidor público aposentado,   leitor do #OxeRecife e aquele que mantém a mais assídua presença no espaço destinado a comentários nesse Blog, Edjailson Xavier Correia questiona o descaso ambiental com o Açude de Apipucos, um dos principais cartões postais da Zona Norte do Recife cuja paisagem, em tempos passados, chegava a encantar moradores ilustres da região como o escritor Gilberto Freyre (1900-1987) e o pintor Elezier Xavier (1907-1998).

O artista chegou a ilustrar um livro de Freyre – “Apipucos, o que há num nome” – em que mostra como era o Açude no início nos anos 1930, quando suas águas chegavam a ser utilizadas por lavadeiras em suas chamadas “roupas de ganho”. Freyre dizia que enquanto o Rio Capibaribe começava a se poluir, o Açude permanecia com suas águas limpas e próprias para banho. Até hoje, se tivéssemos gestores mais responsáveis e população com um mínimo de educação doméstica, ele poderia estar imune à poluição do Capibaribe, já que fica em nível bem mais elevado e são suas águas que escoam através de sangradouro para o Rio.

Vejam o que diz o leitor, sobre o Açude de Apipucos e a privatização de espaços públicos, como alguns dos nossos parques. Olhando a foto acima, tudo  parece maravilhoso, a julgar pela beleza da paisagem. Mas a verdade é diferente: além de esgoto doméstico, o lago funciona como depósito de lixo por parte da população. São cerca de 30 toneladas de detritos retirados por mês, por garis da Emlurb. Situação triste mesmo.

“Este espaço verdadeiramente democrático é uma lição de Administração e Cidadania aos Gestores Públicos de nosso Estado. Somente incautos não viram que o Açude de Apipucos está em estado falimentar, sujo, desprezado, e com sinais de abandono que fede a Gestão Temerária ou Criminosa.

 No meio de tantas Cessões de Espaços Públicos pertencentes ao Município aproveito para deixar uma pergunta ao Prefeito, Câmara de Vereadores, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado sobre esses Modelos de Cessão e de Gestão Pública/Privada . Me preocupou ao ler que as Empresas participantes tem somente um Capital de R$ 1.000,00 (um mil reais) , isso mesmo, e ficou no ar ao ler também que somente em um Parque desses cedidos, essa Empresa vai Investir mais de 400 milhões de reais, e ficam as perguntas…Com um Capital Social tão pequeno, onde essa Empresa vai conseguir 400 milhões de Reais para tal Investimento ???

Se vai adquirir Empréstimo para seus Investimentos diante de tantos Parques Cedidos pelo Município, será que os Bens Públicos pertencentes ao Patrimônio Imóvel do Município serão usados como garantias para esses empréstimos ??? Peço por favor aos poderes públicos do Município que me respondam essa questão preocupante, pois diante do abandono dos bens públicos do Recife, temo que a Cidade além do abandono sofra perdas patrimoniais sérias para seu futuro.

O Açude de Apipucos perante esse caos deve também ser cedido já que administrar o Recife virou transferir a Cidade e seus Espaços Públicos para entes privados facilitando assim se investir bilhões em marketing  na Gestão Municipal onde os cofres uúblicos da Cidade se esvaziam com o Recife sofrendo carências de intervenções mínimas em sua estrutura urbana e patrimonial. Nossa Senhora do Carmo, Abre Teus Braços e Acolhe o Recife Ó Mãe, Plenamente, Amém !

Concluiu o leitor e cidadão do Recife, carregando seu comentário de ironia.

Com mata ciliar ainda preservada em alguns trechos, o Rio Capibaribe parece saudável: aparências enganam

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Texto e fotos: Letícia Lins / #OxeRecife

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