Sessão Recife Nostalgia: o restaurante flutuante do Capibaribe

Se tem um grupo que mantém troca frenética de informações  sobre o Recife é o Caminhadas Culturais. Pelas redes sociais, os seus integrantes falam de tudo: da história da cidade, seus personagens, os locais famosos que não existem mais, dos extintos arcos do Bairro do Recife à Sorveteria Gemba. As postagens do gênero são, em grande maioria, feitas por Denaldo Coelho, Emanoel Correia e Stenberg Lima, Coordenador das Caminhadas Culturais. De fatos do século 16 aos meados do século 20, rola de tudo um pouco. Então, o #OxeRecife entra no clima  dessa turma.

E vez por outra,  vai dar aqui a Sessão Recife Nostalgia, reproduzindo ou fazendo referência a detalhes curiosos da nossa cidade, principalmente aqueles relativos a um passado não tão distante. Isso a partir das colocações dos caminhantes. Pois o que não falta é “historiador” entre eles.  A nostalgia dessa semana fica por conta professor aposentado Emanoel Correia (foto ao lado), que não se cansa de postar fatos do tipo nos nossos grupos. O tema hoje éo Restaurante Flutuante, que funcionava no Centro do Recife, em meados do século 20.

“Em um passado não muito distante, existiu um restaurante sobre as águas do Capibaribe”. E acrescenta: “Sobre lastros de madeira e sustentado por tambores de 200 litros, erguia-se o famoso empreendimento pertencente ao empresário João Moreira”, conta ele, um ativo participante de grupos que costumam explorar o Recife em roteiros a pé. O flutuante ficava , segundo sua pesquisa, em frente à Avenida Martins de Barros, entre as pontes Maurício de Nassau e Buarque de Macedo.

“Com boas refeições, servidores dentro ou ao ar livre, músicas ao vivo com orquestra ou pelo piano de Baltazar, isso sem falar na paisagem deslumbrante”. Mas como é tradição do Recife o bar não teve vida longa. Começaria a enfrentar problemas em 1959, que contribuiriam para apressar o fechamento. “Perda de clientela, brigas, contravenções, presença de prostitutas e uma nota duríssima da Divisão de Planejamento Urbano que culminou com a cassação do alvará de funcionamento, o que ocorreu na gestão Pelópidas Silveira”.

Leia também:
Conheça o Recife através dos tempos 
Que saudade da Rua Nova!
Os gelos baianos e a Revolução de 1930
Bonde vira peça de museu e trilhos somem do Recife sem memória 
Aluga-se belo prédio na Rua do Bom Jesus 
O charme dos prédios da Bom Jesus
Postal virou peça de museu
Lembram dele:? Ocaso do único prédio que teve duas fachadas simultâneas
A  República e o estilo eclético no Recife 
Recife, 482 anos: vamos de boi voador?
São José e Santo Antônio ganham livro

Texto: Letícia Lins/ #OxeRecife
Foto: Internet
Pesquisa: Emanuel Correia
Grupos que participa: Caminhadas Domingueiras, Caminhadas Culturais, Andarapé e Olha! Recife

Continue lendo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.